No estado, apenas o Diario de Pernambuco, fundado em 1825, é o mais antigo jornal publicado em língua portuguesa permanecendo em circulação, está na lista de condecorados ao lado de outros periódicos como o Estado de São Paulo, fundado em 1875.
Segundo o presidente da Associação de Imprensa de Pernambuco (AIP), Múcio Aguiar, “Os jornais são um dos principais documentos históricos que se tem para quem quer estudar a sociedade. Sem dúvida quem quiser entender esses temas buscará um arquivo público para compreender a evolução histórica, social e política do município, estado, país ou do mundo”.
Múcio também afirma que “temos uma geração que conheceu o mundo através dos jornais”, citando o Diario de Pernambuco como exemplo que representa o estado na candidatura. “Gerações foram formadas pelo Diario de Pernambuco, que tem quase dois séculos de páginas que contam a história do país. De acordo com o presidente da AIP, foram apresentadas, conjuntamente com a Associação Portuguesa de Imprensa (AIP), a candidatura de 9 jornais do Brasil e 36 de Portugal.
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De acordo com Leonardo Leimig, representante do setor patrimonial e social do Diario de Pernambuco que participou do projeto de restauração do acervo (que havia sido abandonado em gestões passadas) do jornal em parceria com a AIP e a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), “é importante que a gente preserve não só a parte escrita, mas a história num sentido de memória”.
“Graças a esse projeto temos uma renovação [do acervo] do Diario de Pernambuco, pois os jornais são muito importantes para a população como forma de acompanhar a sociedade. O Diario passou pela Revolução Praieira, pelo Movimento Armorial, noticiou o fim da monarquia e a Proclamação da República no Brasil. Tudo isso está impresso nas páginas do Diario e vai muito além do que a gente pode mensurar”, explicou ele.