Da Redação do Blog — Nos bastidores do partido União Brasil, integrantes da cúpula têm discutido a possibilidade de substituir os ministros da legenda caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decida rever a distribuição das pastas. O deputado Celso Sabino, representante do União-PA, tem sido considerado uma opção viável para assumir um ministério, dada sua boa relação com líderes partidários e sua capacidade de articulação política.
O líder do União Brasil na Câmara, Elmar Nascimento, expressou sua insatisfação a Lula na última quarta-feira, destacando que a bancada da Câmara não se sente devidamente representada com a atual distribuição dos ministérios. As escolhas foram endossadas pelo ex-presidente do Senado, Davi Alcolumbre. Apesar de ouvir as preocupações de Nascimento, o presidente Lula não avançou na discussão sobre a possibilidade de substituição.
Celso Sabino tem uma relação próxima com Elmar, o presidente do partido, Luciano Bivar, e o presidente da Câmara, Arthur Lira. Essa proximidade colocaria Sabino em uma posição favorável, aumentando sua capacidade de angariar votos para matérias importantes do governo.
Caso haja uma substituição, especula-se que ela ocorreria no Ministério do Turismo, atualmente ocupado por Daniela Carneiro. A ministra deve deixar o União Brasil durante o período de janela partidária para se filiar ao Republicanos, abrindo espaço para alguém alinhado à cúpula do partido.
No entanto, mesmo com a possibilidade de mudanças, espera-se que a relação entre o União Brasil e o governo continue conflituosa. O Ministério do Turismo é considerado pouco atrativo devido ao seu baixo orçamento, e as críticas em relação às nomeações de cargos e ao pagamento de emendas persistem.
Em relação à possível reforma ministerial, Lula afirmou nesta quinta-feira que só a realizará em caso de uma “catástrofe”, em tom descontraído, ao dizer que o time do governo está jogando melhor que o Corinthians.
Por outro lado, o presidente da Câmara, Arthur Lira, em entrevista à GloboNews, defendeu que Lula reveja a distribuição das pastas para ampliar sua base política. Lira argumentou que essa mesma solução poderia ser aplicada a outros partidos, visando o fortalecimento da base governista.