Com informações do Valor Econômico – O Ministro da Defesa, José Múcio, admitiu nesta quarta-feira (17) que a área da defesa não tem “apelo eleitoral” e defendeu mais investimentos e recursos para o orçamento da pasta.
“Estamos estudando as possibilidades e sensibilizando os atores políticos quanto à necessidade de haver maior previsibilidade orçamentária para a condução dos projetos estratégicos”, disse Múcio.
O ministro também comparou os investimentos que o Brasil faz em defesa com os dos países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). De acordo com ele, o país está em defasagem de recursos quando comparado aos vizinhos da América do Sul.
“Os países membros da Otan estipulam um orçamento que permite a condução dos seus programas militares com 2% do PIB como investimento em Defesa. Percebemos que o Brasil é um dos países da América do Sul que menos aplica recursos no setor. Nosso investimento é de apenas 1,1% do PIB enquanto a média mundial é de 2,3%. Nosso índice, portanto, está bem abaixo desse patamar”, afirmou.
:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_63b422c2caee4269b8b34177e8876b93/internal_photos/bs/2023/T/F/zKeMxfTx2mmEqBN7SGQA/foto12bra-201-guiana-a2.jpg)
Múcio participa nesta quarta-feira de uma audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara, onde apresenta aos parlamentares as prioridades da pasta para 2024.
Em mais uma tentativa de sensibilizar os parlamentares sobre a atuação da pasta, Múcio ressaltou os trabalhos da base industrial de defesa que, segundo ele, é “bastante robusta e promissora”. Ele disse que todo parque industrial de Defesa representa 4,78% do PIB e gera 2,9 milhões de postos de trabalho direto e indireto.
Em outra frente, o chefe da pasta disse que as exportações autorizadas em 2023 foram de US$ 1,4 bilhão, o que significa, quando colocado em comparação com 2022, um aumento de cerca de 125%. O montante representa a segunda melhor posição desde que a série histórica começou a ser registrada.