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Home Política

Em mesa-redonda, escritores discutem facetas do sociólogo Gilberto Freyre

Em comemoração ao aniversário do sociólogo, Fundaj inicia o Seminário Gilberto Freyre: 120 anos de pioneirismo na Sala Calouste Gulbenkian. Evento continua nesta quinta (12)

Ricardo Antunes Por Ricardo Antunes
11/03/2020 - 20:27
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“O paradoxo.” Essa foi a resposta dada pelo sociólogo Gilberto Freyre ao então menino Antônio, que lhe provocou sobre o que considerava mais curioso no mundo. Naquela altura, Gilberto já era Gilberto. Conhecido muito além de sua província-natal — o estado de Pernambuco —, autor de títulos polêmicos para um Brasil em constante transformação, foi ele o criador da Fundação Joaquim Nabuco, em 1949. Anos depois, coube ao agora homem Antônio Campos assumir a presidência da Instituição. Para celebrar a memória e a complexidade de Freyre, a Fundação iniciou, nesta quarta-feira (11), o Seminário Gilberto Freyre: 120 anos de pioneirismo.

“Lembro desse encontro com carinho. Na ocasião, ele me deu um exemplar de uma de suas obras mais recentes: Insurgências e Ressurgências Atuais (LTR, 1998). Hoje, celebramos, portanto, este homem plural, complexo, paradoxal”, festejou Campos, durante a abertura solene do seminário. No próximo domingo (15), se vivo, celebraria o sociólogo seu 120º aniversário. A atividade está sendo realizada na Sala Calouste Gulbenkian, no Edifício Paulo Guerra, do campus que leva o nome do homenageado, em Casa Forte, na Zona Norte do Recife. A coordenação é da antropóloga Fátima Quintas, coordenadora do Curso de Tropicologia da Fundação.

“O sociólogo continua contemporâneo. Que feliz ocasião é esta, em que nos reunimos para discutir seu trabalho, sua história, o homem que foi e que ainda paira sobre este espaço”, considerou a coordenadora. Prestigiando o momento, a presidente da Fundação Gilberto Freyre e filha do sociólogo, Sônia Freyre, agradeceu as homenagens à memória do pai. “É sempre impressionante que ele esteja sendo celebrado. O homem paradoxal que ele era deve estar vibrando”, disse Sônia. Na sequência, o escritor Lucilo Varejão Neto coordenou a mesa-redonda “As várias faces de um escritor”, que refletiu recursos empregados pelo ‘mestre de Apipucos’ em sua obra.

Sônia Freyre, agradeceu as homenagens à memória do pai.

“Não se improvisa escritor de fim-de-semana. O escritor, quando escritor, é de um trabalho contínuo, permanente, desempenhado ao longo de toda sua vida. Homenagear Gilberto Freyre é reconhecer sua contribuição sociocultural e política para o Brasil”, apontou Varejão Neto. O escritor José Nivaldo refletiu sobre a influência da política em Gilberto e os impactos de sua obra na política nacional. Recordou causos como a prisão e exílio do sociólogo, do envolvimento com movimentos insurgentes à reprovação da classe intelectual quando integrou pasta governamental no Período Militar. “A obra de Gilberto está voltando a ser compreendida”, disse.

Já o escritor Lourival Holanda comentou os aspectos sociais de Freyre. “A linguagem de Gilberto permitia transformar nossa visão de mundo a partir de nós mesmos. Isso, aliás, é o que o singulariza, o torna sui generis. Ele educou sua sensibilidade com uma visão de mundo”, apontou. Encerrando a mesa, o jornalista e gestor da Diretoria de Memória, Educação, Cultura e Arte (Dimeca), Mário Hélio Gomes, lembrou os primeiros estudos do sociólogo. “Gilberto colecionava palavras em seus diários ou livros de memórias. Foi um escritor dos mais insólitos, que aprendeu a ler e escrever tarde, pois preferia o desenho. Mais tarde, estuda expressões.”

Mário caracteriza a obra de Freyre como sensual, dado seu aspecto tangível. “Sua escrita era espacial, arquitetônica. Ele utilizava essas metáforas para refletir sobre a realidade, para reconstruir a história tijolo por tijolo. Gilberto tinha repúdio à ficção. Não existe literatura mais biográfica sendo em terceira pessoa”, concluiu o diretor. Ao fim da tarde, a escritora Fátima Quintas realizou o lançamento do seu mais novo livro, o primeiro volume da Coleção Gilberto Freyre: Um autor e vários temas (Bagaço, 2020). Na obra, Quintas aborda questões da escrita do pernambucano, como o uso da Forma no Ensaio.

Diretor de Memória Cultura e Arte, Mário Hélio Gomes classificou a obra do sociólogo como “sensual”

A poesia escondida (ou ‘molemente maduro’)

Em um de seus diários de quando mais novo, o futuro escritor da polêmica Casa Grande & Senzala (José Olympio, 1933) colecionava palavras. Depois, expressões. Neles escreveu construções por ver beleza ou se sabe lá Deus o porquê, como “menino de luto da própria meninice”, “agudos relevos góticos” e “franciscanamente lírico”. As anotações de podem ser conferidas em Tempo morto e outros tempos: trechos de um diário de adolescências e primeira mocidade (José Olympio, 1975). “Essa incursão vem mostrar sua visceral ligação com a escrita e sua inquietação pelas diversas formas de manifestação artística”, refletiu o médico Alvacir Raposo.

Integrante da mesa “As várias faces de um escritor”, Raposo discorreu sobre “a parte menos conhecida e estudada no contexto geral de sua obra freyriana”: a poesia. “Dada a importância do que produziu ele do ponto de vista sociológico, antropológico e histórico, não é de se estranhar que essa sua vertente poética tenha ficado, não ofuscada, mas ‘escondida’ do leitor”, refletiu. Alvacir lembrou o livro Talvez Poesia (José Olympio, 1962), único do gênero publicado por Gilberto Freyre, que seria reeditado pelas Edições Pirata, nos Anos 1980, com o título Poesia Reunida. “A poesia dele está ligada ao modernismo, ainda que tenha se colocado em posição independente ao movimento de 22 com o Manifesto Regionalista (1926).”

Ao longo de sua exposição, o médico leu os poemas de Gilberto conhecidos — como Bahia de todos os santos e de quase todos os pecados e O outro Brasil que vem aí —, e outros nem tanto, a exemplo do erótico Paisagem Sexual e o lírico Ventos da Tarde. Atenta às considerações do integrante da Academia Pernambucana de Letras, Sonia Freyre repetiu emocionada os versos dedicados a ela pelo pai em A menina e a casa. “Mesmo as mesas, mesmo as plantas/ os retratos das vovós/ as panelas da cozinha/ mangueiras e coisas velhas/ têm boca falam também/ dizem segredos bonitos/ que os meninos/ que os poetas/ ouvem ninguém sabe como.”

Fátima Quintas coordenará a mesa-redonda “Memória e Contemporaneidade”

Continuação

Na quinta-feira (12), Fátima Quintas coordenará a mesa-redonda “Memória e Contemporaneidade”. Para o debate, ela recebe o secretário de Cultura de Pernambuco, Gilberto Freyre Neto; o presidente da Fundaj, Antônio Campos; e os professores Anco Márcio e André de Sena. Após a palestra, será lançado o livro “Casa-Grande Severina 120 anos de Gilberto Freyre 100 anos de João Cabral de Melo Neto”, obra que guarda os anais das palestras e conferências realizadas no Seminário Internacional Casa-Grande Severina, promovido pela Fundaj em dezembro de 2019. Às 17, o professor de literatura brasileira da Universidade de São Paulo, Antônio Dimas, ministra a conferência “Gilberto Freyre e os Estados Unidos”. O primeiro dia do evento contou com a participação dos estudantes do 2º ano do Ensino Médio da Escola de Referência Silva Jardim, do bairro do Monteiro, também na Zona Norte do Recife. “Essa participação é fundamental. Primeiro, é uma atividade que eles não têm o hábito, é importante nesta fase ter novas experiências e esta troca de conhecimentos. Depois, estimulará o senso crítico dos que puderam estar aqui e permitirá esse contato com um nome tão importante para a história de pernambuco e do Brasil”, pontuou a professora de História Cristina Cordeiro.

Fonte: Com informações da Assessoria de Imprensa
Tags: Antônio CamposBrasilGiberto FreyrePernambucoSociologia
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Ricardo Antunes

Ricardo Antunes

Ricardo Antunes é jornalista, repórter investigativo e editor do Blog do Ricardo Antunes. Tem pós-graduação em Jornalismo político pela UnB (Universidade de Brasília) e na Georgetown University (EUA). Passou pelos principais jornais e revistas do eixo Recife – São Paulo – Brasília e fez consultoria de comunicação para diversas empresas públicas e privadas.

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