Da Redação do Blog – O Congresso Nacional aprovou novas regras para a indicação de emendas parlamentares ao Orçamento, buscando atender às exigências do Supremo Tribunal Federal (STF) por mais transparência. No entanto, ainda existem brechas que podem ocultar a identidade dos parlamentares responsáveis pela destinação das verbas.
As emendas, que são recursos que deputados e senadores direcionam para obras e projetos em seus estados, foram suspensas pelo STF devido à falta de clareza sobre quem fez os repasses e à dificuldade de rastreamento dos pagamentos. O novo texto estabelece critérios para a aprovação das emendas, mas mantém a opacidade em alguns aspectos, como a identificação dos autores das emendas.

A proposta inclui mudanças na Comissão Mista de Orçamento e a criação de atas detalhando o processo de análise e aprovação das emendas. Contudo, entidades de transparência criticam que a proposta ainda permite a ocultação dos parlamentares envolvidos, o que fere as determinações do STF.
As emendas de comissão, que não são impositivas e têm execução não garantida, e as emendas de bancada, que são obrigatórias, também apresentam problemas de transparência. A nova resolução prevê que as emendas individuais podem chegar a até 2% da receita corrente líquida do ano anterior, com um percentual específico para deputados e senadores.
Além disso, a análise do Orçamento passará por mudanças, exigindo que a Comissão Mista de Orçamento aprecie as emendas antes de sua votação. A resolução também ratifica emendas já aprovadas, mas exige que as indicações sejam adequadas às novas regras.
Em resumo, embora o Congresso tenha tentado atender às demandas do STF, as medidas ainda são vistas como insuficientes para garantir a transparência necessária no processo de emendas parlamentares.