Da Redação do Blog – Israel realizou uma série de ataques intensos contra a Faixa de Gaza na madrugada de terça-feira (18, horário local), rompendo o cessar-fogo que estava em vigor desde janeiro. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, os bombardeios causaram 413 mortos e 660 feridos.
Esta foi a primeira operação militar de grande escala na região desde o início da trégua entre Israel e o Hamas. O governo israelense declarou que os alvos eram membros e lideranças do Hamas, enquanto o grupo terrorista afirmou que centenas de civis foram mortos.
O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu justificou os ataques alegando que o Hamas se recusou a libertar os reféns ainda mantidos em Gaza e rejeitou todas as propostas para a segunda fase do cessar-fogo. Israel anunciou que continuará a ofensiva “com força militar crescente” pelo tempo que for necessário.
As explosões foram registradas em várias regiões da Faixa de Gaza, incluindo Gaza City, Deir Al-Balah, Rafah e Khan Younis. A Defesa Civil do território contabilizou 35 ataques aéreos. Entre os mortos está Mahmoud Abu Watfa, um alto membro do setor de segurança do Hamas.
Em resposta à operação militar, Israel impôs restrições às comunidades próximas à fronteira com Gaza, incluindo a suspensão de aulas. Ordens de evacuação foram emitidas para algumas áreas do território palestino.
O cessar-fogo entre as partes havia começado em 19 de janeiro, com um acordo dividido em três etapas que previa a pausa nos ataques e a troca de reféns por prisioneiros palestinos. A primeira fase terminou em 1º de março, e as negociações para a segunda fase continuavam com mediação do Egito, Catar e Estados Unidos.