Da Assessoria – CEO da Burburinho Cultural, no Rio de Janeiro, Priscila Seixas da Costa participa, nesta quinta-feira (15), do 11° Congresso da Associação Brasileira de Pesquisadores em Comunicação e Política (Compolítica), que será realizado entre os dias 14 e 16, na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), em Recife. O evento traz como tema central “Ciência Aberta, Humanidades Digitais e Monetização de Dados: Desafios Democráticos e Epistomológicos para a Pesquisa em Comunicação e Política”.
Priscila vai falar sobre “O lugar da alfabetização digital no desenvolvimento crítico-informacional: teoria e prática no caso Criar Jogos”.
O projeto é um curso gratuito para a formação em desenvolvimento de jogos eletrônicos para jovens entre 12 e 29 anos. Oferecido tanto presencialmente — por meio de laboratórios instalados em instituições de ensino, na maioria das vezes escolas públicas de regiões periféricas das cidades — quanto online. O curso é organizado como uma plataforma online em um percurso gamificado.
“Neste ano de 2025, por meio de um termo de cooperação com o Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT), vamos desenvolver um laboratório alinhado ao Projeto da Escola Nacional de Informação (ENACIN), acrescentando um novo módulo ao curso sobre a Integridade da Informação”, adianta Priscila, em relação ao conteúdo de sua fala no Compolítica.
“A questão principal é: como é possível alinhar as reflexões sobre a integridade da informação, na teoria, com a realidade de estudantes de escolas públicas periféricas brasileiras, levando em consideração a experiência de uma organização civil?”, complementa Priscila.
A executiva e gestora cultural aproveitará sua participação no evento em Recife para lançar seu livro “Método Burburinho de Produzir Cultura”, escrito em parceria com Thiago Ramires, diretor da Burburinho.
Sobre o livro

O livro (Ed. Casa Editorial, 91 págs, R$ 49) é um documento incomum do setor da Educação e Cultura, por constituir memória de projetos realizados em teatros, ao ar livre, em periferias ou no centro, em equipamentos culturais ou no espaço público. A obra é, também, rara publicação a desmistificar, através de acertos ou não, a realidade de quem trabalha com leis de incentivo e recursos públicos. Como fio condutor, o público fica a par de atividades que ampliam saberes na sociedade brasileira. A Burburinho Cultural conquistou o Prêmio Atitude Carioca, em 2022, com o projeto Casa Escola de Arte e Tecnologia CEAT, e o Prêmio Rio Sociocultural, em 2011, com o projeto “Cordel com a Corda Toda”.
O livro “Método Burburinho de Produzir Cultura” é dividido em 5 capítulos. Fatos históricos das duas últimas décadas do século XX e das duas primeiras do século XXI, por si só, já justificariam a ideia e o argumento: editar em livro uma metodologia de trabalho praticada no território da produção cultural no Brasil. Ora, a inconstância de investimentos em patrocínio continuado, e editais de fomento público à Economia da Cultura/Indústria Criativa é instigante o suficiente para demonstrar ao público em geral e ao profissional de Gestão Cultural como torna-se possível a construção do caminho que materializa exposições, escolas de educação digital, centros de saberes diversos, sempre à serviço da sociedade.
Sobre a Burburinho Cultural

Fundada em 2006, a Burburinho é uma empresa vocacionada e especializada em criação, planejamento, gestão e realização de projetos culturais por meio de recursos públicos, diretos ou indiretos. O livro faz o percurso cronológico da produtora a partir de seu momento inaugural, o ciclo de debates “Marginais e Heróis: 50 anos do manifesto neoconcreto no Brasil”, realizado em 2009 no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB-RJ). A construção da Burburinho entrecruza caminhos, todos convergindo para Niterói, onde está a histórica Universidade Federal Fluminense, que detém o pioneirismo de fundar o primeiro curso de Bacharelado em Produção Cultural em 1995, com a primeira turma a partir de 1996.
O cenário mundial impulsiona a energia dos universitários reunidos no início dos anos 2000. É que em 2006 a Coreia do Norte anunciava seu primeiro teste nuclear; no Iraque, Saddam Hussein era condenado à morte; favorita para o hexa, a Seleção Brasileira perdia a Copa da Alemanha para a França; o presidente Lula disputava e conquistava a reeleição; a Lei Maria da Penha promove histórica mudança de paradigma ao criminalizar a violência contra a mulher. “É neste contexto que um grupo de amigos, universitários de Produção Cultural da UFF decide empreender. Cada um com a própria visão do fazer cultural com sonhos e projetos únicos”, descrevem os autores na introdução.
Ao longo do tempo de trabalho até agora, a Burburinho Cultural geriu equipamentos públicos, dirigindo a programação da Sala Sidnei Müller e Sala Guiomar Novaes, do Teatro Cacilda Becker e da Sala Baden Powell. Além de sempre estar às voltas com projetos no espaço público. O Festival Internacional de Danças Urbanas do Rio de Janeiro (Rio H2K) ocorreu em 2011 e 2012. A Burburinho realizou o primeiro “kemps” de danças urbanas da América Latina, tendo como referência os festivais de danças urbanas que acontecem em todo o mundo, com ênfase na Europa. A ideia partiu do dançarino carioca Bruno Bastos: fazer um festival de dança de rua no Rio de Janeiro, em que os participantes acampassem no lugar onde aulões e batalhas de hip hop fossem acontecer, em outras palavras, os “kemps”.
A Burburinho deu os contornos da iniciativa que teve como parceiros instituições de cultura pública e também parceiros da iniciativa privada. Outro marco foi Multidança Big Dance Rio, de 2012, integrado às Olimpíadas Culturais e aos Jogos Paralímpicos, ocorrendo simultaneamente em Londres, sede dos Jogos Olímpicos de 2012, Pequim, sede das Olimpíadas de 2008 e no Rio de Janeiro, palco do maior evento desportivo do planeta em 2016. A Big Dance, grande dança coreografada por multidões em lugares como museus, shoppings, estações de ônibus e trens, reuniu os coreógrafos Renato Vieira (diretor artístico), Alex Neoral e Renato Cruz no projeto Multidança. Mais de 500 pessoas participaram da iniciativa que ocorreu na Praça Tiradentes. O vídeo foi exibido na abertura dos Jogos Olímpicos de 2012. “Neste ponto do livro mostramos como a Produção Cultural e a Articulação Internacional se relacionam apresentando sempre, em cada capítulo, uma lista de prós e contras. Nossa relação triangula com artistas e patrocinadores, estamos sempre, desde o início, atentos à democratização, descentralização e transformação a cada projeto”, define Thiago Ramires.
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George Patiño
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