Da Redação do Blog – Os Estados Unidos elevaram para US$ 50 milhões (cerca de R$ 270 milhões) a recompensa por informações que levem à prisão de Nicolás Maduro, presidente da Venezuela. O valor supera o que foi oferecido pela captura de Osama bin Laden após os atentados de 11 de setembro de 2001.
Simultaneamente, Washington deslocou três destróiers com sistemas de mísseis guiados para águas próximas à costa venezuelana, intensificando a pressão militar sobre o governo de Caracas.
Acusações de narcoterrorismo
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, justificou as medidas ao classificar Maduro como “fugitivo e chefe de cartel narcoterrorista”.
“Maduro não é um presidente legítimo. Ele é um fugitivo e chefe de um cartel narcoterrorista acusado nos EUA de tráfico de drogas. Trump está preparado para usar toda a força americana para deter o tráfico de drogas”, declarou Leavitt a jornalistas.
Segundo a procuradora-geral americana, Pam Bondi, o líder venezuelano é um dos “maiores narcotraficantes do mundo” e representa ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos.
Operação naval no Caribe
Três navios de guerra americanos – USS Gravely, USS Jason Dunham e USS Sampson – foram enviados ao sul do Caribe sob alegação de combater cartéis de drogas. A operação, iniciada na segunda-feira (18), mobiliza mais de 4 mil militares na região.
A manobra naval durou cerca de 36 horas, mas não há informações precisas sobre a localização final dos destróiers. O governo Trump designou grupos de tráfico organizado como organizações terroristas globais.
Resposta venezuelana
O governo de Maduro reagiu chamando as acusações americanas de “ameaças” que “não só afetam a Venezuela, mas colocam em risco a paz e a estabilidade na região”.
Em discurso na segunda-feira, o presidente venezuelano afirmou que a Venezuela “defenderá nossos mares, nossos céus e nossas terras”, referindo-se ao que chamou de “ameaça bizarra e absurda de um império em declínio”.
Recompensa
A recompensa por Maduro aumentou significativamente ao longo dos anos, passando de US$ 15 milhões em março de 2020 para US$ 50 milhões em agosto de 2025. Atualmente, a recompensa supera a de Osama bin Laden após o 11 de setembro. Maduro busca proteção através de alianças com Rússia, China e Irã, enquanto os EUA aumentam a pressão sobre seu governo.