Por Ricardo Feltrin, do UOL – Em reunião bastante tensa, ocorrida no final da tarde desta sexta (29), em Brasília, entre representantes da secretaria especial da Cultura e Audiovisual e da direção da Fundação Roquette Pinto, foi proposto pelo governo o fechamento puro e simples da Cinemateca.
Órgão federal responsável pela memória do cinema e audiovisual brasileiro, a Cinemateca é sediada em São Paulo e é gerida pela Associação de Comunicação Educativa Roquette Pinto (Acerp). O governo propôs a rescisão pura e simples do contrato com a fundação. O contrato, no entanto, vai até 2021.
Os representantes da Acerp não só rejeitaram a proposta como já acionaram o conselho administrativo para tomar medidas judiciais.
Uma das medidas deve ser a cobrança da dívida de cerca de R$ 11 milhões que o governo tem com a entidade (ainda referente a 2019).
Também não está descartado um pedido de liminar impedindo o governo de tomar qualquer decisão unilateral.
Segundo a coluna apurou, a proposta do governo prevê simplesmente a rescisão do contrato e o fechamento da Cinemateca, bem como a interrupção de todos os projetos em andamento.
A decisão de fechar a Cinemateca reforça que, sem ter espaço num órgão que quer fechar as portas, resta ao governo Bolsonaro arrumar um cargo de “honra” para a ainda secretária especial da Cultura, Regina Duarte. A ideia é nomeá-la para algum cargo DAS (Direção e Assessoramento Superior) no valor de R$ 15 mil mensais.







