Por Mariana Ribeiro e Ludmylla Rocha do Poder360
O novo presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Gustavo Montezano, tomou posse nesta 3ª feira (16.jul.2019) com 1 discurso que vai em direção às diretrizes do ministro Paulo Guedes (Economia) e do presidente Jair Bolsonaro.
Montezano defendeu o alinhamento “total” da nova direção do banco com o governo federal, afirmou que a instituição buscará ajudar nos processos de desestatização, abrirá sua “caixa-preta” (promessa de campanha do presidente) e devolverá recursos ao Tesouro Nacional.
“O novo BNDES será 1 banco a serviço do Estado brasileiro, ajudará em privatizações, concessões, desinvestimentos e a restaurar as finanças públicas. Será menos banco e mais desenvolvimento”, afirmou em cerimônia no Palácio do Planalto.
O economista afirmou que a instituição buscará “a sustentabilidade financeira e não o lucro”.
Disse, ainda, que atuará em áreas em que o setor privado não tem força ou interesse. “O BNDES não competirá com setor privado. Precisa ser pioneiro e complementar setor privado.”
AS 5 METAS
Montezano apresentou 5 metas prioritárias para 2019:
- explicar a “caixa-preta” do BNDES à população;
- acelerar a venda de “participações especulativas” do banco em Bolsa na ordem de R$ 100 bilhões;
- concluir a devolução de R$ 126 bilhões ao Tesouro Nacional neste ano;
- apresentar plano tri-anual com orçamento, metas claras e redirecionamento do banco;
- melhorar “de forma substancial” a prestação de serviços ao Estado brasileiro.
Montezano foi indicado para o cargo em 17 de junho, depois de o então presidente, Joaquim Levy, apresentar sua carta de demissão. Dias antes, Bolsonaro havia declarado que Levy estava com a “cabeça a prêmio”. Seu nome foi aprovado pelo conselho de administração do banco em 3 de julho.
Participaram da cerimônia presidente da República Jair Bolsonaro e o ministro Paulo Guedes (Economia). Estiveram presentes também o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil), o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado, e o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB).
PAULO GUEDES COMENTA
Sobre Montezano, o ministro Paulo Guedes (Economia) afirmou que “depois de uma longa e sinuosa estrada ele chegou onde ele deveria estar”. Segundo Guedes, ele foi cotado desde o início para o banco, mas em uma diretoria de privatizações.
O ministro afirmou ainda que o objetivo “é desestatizar o mercado de créditos brasileiros” e que o banco atuará acelerando privatizações, concessões, financiando obras de saneamento e devolvendo recursos ao Tesouro Nacional.
QUEM É O NOVO PRESIDENTE
Montezano, 38 anos, tem 17 anos de atuação no mercado financeiro. Foi sócio do Banco Pactual, onde atuou como responsável pela área de crédito, resseguros e project finance e, posteriormente, como diretor-executivo da área de commodities, em Londres.
É graduado em Engenharia pelo IME-RJ (Instituto Militar de Engenharia) e mestre em Economia pela IBRE-RJ (Faculdade de Economia e Finanças).
Antes de assumir a Presidência do BNDES, Montezano atuava como secretário especial adjunto de Desestatização e Desinvestimento do Ministério da Economia.







