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Novo presidente dos EUA, Biden fará série de ações para enfraquecer Bolsonaro

Ricardo Antunes Por Ricardo Antunes
20/01/2021 - 10:35
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Por Kennedy Alencar, do UOL — Apesar de conservador, o democrata Joe Biden tem chance de fazer um governo mais progressista do que o de Barack Obama, do qual foi vice-presidente entre 2009 e 2017. A posse de Biden é uma boa notícia para o Brasil, onde está em curso um projeto de selvageria política, econômica e social.

 

Com o governo Biden, serão fortalecidas as condições políticas para a queda de Jair Bolsonaro, seja via impeachment, caminho hoje menos provável, seja por meio de derrota eleitoral em 2022, cenário que parece mais realista diante da omissão de nossas instituições em relação aos crimes de responsabilidade do presidente da República.

Nos Estados Unidos (EUA), a radicalização política de parcela branca e religiosa será um obstáculo para Biden. É fato que existem divisões marcantes na sociedade e intramuros nos partidos, especialmente no Republicano. Mas o perfil conciliador e a experiência de décadas no Congresso fazem de Biden a pessoa certa no lugar certo, e na hora certa.

Joe Biden discursa durante campanha “drive-in” em Atlanta, Geórgia

Obama começou a governar em 2009 com maiorias na Câmara e no Senado. Biden também larga contando com apoio da maior parte nas duas Casas do Congresso. Além disso, o presidente eleito possui condições políticas mais favoráveis do que o antigo chefe e conhece o caminho das pedras dos bastidores políticos de Washington.

Quando perdeu maioria no Congresso, Obama teve dificuldades para governar. A vitória de Trump em 2016 sobre Hillary Clinton refletiu uma reação da sociedade americana contra o primeiro presidente negro de sua história. Obama terminou a sua administração com o sentimento de que poderia ter avançado mais. Com Biden, a história poderá ser diferente. O moderado tem boa chance de ir além do progressista.

Funcionário prepara memorial das vítimas da Covid-19 com bandeiras dos EUA em frente ao Capitólio nesta terça (19), véspera da posse de Joe Biden — Foto: Carlos Barria

Primeiro trabalho é reparar danos causados por Trump

A pandemia de coronavírus, fundamental para enfraquecer Trump e ajudar Biden a se eleger, expôs falhas de uma economia cada vez mais desigual na terra das oportunidades e dos livres. Caro e elitista, o sistema de saúde americano é uma piada. Com um ministério diverso e que honra compromissos com conservadores, moderados e progressistas do Partido Democrata, Biden terá espaço político para tentar implementar um programa de governo que é comparado na imprensa americana ao de Franklin Delano Roosevelt, presidente durante a Segunda Guerra Mundial.

Outra dificuldade que, no fundo, é uma oportunidade: Biden assume uma terra arrasada por Donald Trump. A divisão da sociedade americana chegou a um ponto de exaustão, o que facilita o discurso sincero de união feito pelo novo presidente dos EUA. Há um desejo por normalidade no exercício do poder.

Na largada, Biden deverá editar um pacote de ordens executivas, similares às medidas provisórias do Brasil, para desfazer uma série de políticas públicas regressivas dos quatro anos de Trump. Ele pretende cumprir compromissos com segmentos do eleitorado fundamentais para a sua vitória (mulheres, negros e jovens) e estabelecer um salário mínimo nacional de 15 dólares por hora. Está comprometido com uma agenda de transição para uma economia mais sustentável. Adotará estratégia mais sofisticada em relação à China, com menos conflito e mais negociação, o que deve ter efeitos positivos para o comércio global e, por consequência, para o Brasil.

Manifestantes dentro do Capitólio dos Estados Unidos após romperem as barricadas do prédio durante um protesto em Washington, DC.

Invasão ao Capitólio acaba sendo exemplo de uma direita nociva

Até a tentativa de golpe trumpista de 6 de janeiro, com a invasão do Capitólio, deverá ajudar Biden. Trump errou feio. Não havia condição objetiva de vitória. A insurreição à la república de bananas assustou, custou cinco vidas, expôs a fragilização de uma democracia bicentenária, mas durou pouco e serviu de alerta para setores conservadores contra o autoritarismo de extrema-direita. No médio e longo prazo, a invasão dos prédios do Legislativo americano será um lembrete do abismo no qual o país quase se atirou.

Hoje, Washington é uma cidade sitiada. Essa imagem tem um simbolismo imenso em todo o mundo, mas houve um recado claro dos militares americanos de que não vão interferir na política doméstica, uma grande diferença em relação ao que se vê no Brasil.

Trump esticou muito a mentira da eleição fraudada. Até conservadores que compraram esse discurso avaliaram que ele foi longe demais. Caiu o apoio político ao presidente que sai de cena. Facebook e Twitter, que foram omissos ao deixar o republicano mentir por tanto tempo, perderam a tolerância. O banimento de Trump dessas redes sociais veio tarde, mas é uma decisão acertada. Discurso de ódio e fake news não são liberdade de expressão.

O tiro pela culatra na invasão do Capitólio diminui a possibilidade de prosperar uma candidatura de Trump em 2024. Sobram provas para o Senado confirmar o segundo impeachment e afastar o republicano da disputa presidencial para sempre.

Queimadas, e discurso de Bolsonaro na ONU gerou críticas de ambientalistas e políticos internacionais.

Governo Biden não deve fazer vista grossa a disparates bolsonaristas

O trumpismo sobreviverá como força política? Sim. Mas com menor poder após 6 de janeiro. A democracia americana teve seus limites testados pelo terrorismo doméstico, mas sobreviveu ao neofascismo. O que aconteceu nos EUA é uma lição para o Brasil, cuja democracia e instituições são mais frágeis.

Uma vez que os EUA voltem a patrocinar avanços no cenário geopolítico mundial, isso resultará automaticamente em maior pressão da comunidade internacional contra a devastação ambiental em curso no Brasil, por exemplo. Será mais difícil para Bolsonaro institucionalizar a sua milícia mudando a legislação sobre as Polícias Militares. Esse projeto de selvageria social ficará ainda mais exposto à reprovação planetária.

Com conhecimento de política externa, Biden sabe que não interessa a Washington a permanência de Bolsonaro no poder. Do ponto de vista geopolítico, o Brasil tem importância para a estabilidade institucional da América Latina. Como Obama fez, ele voltará a distensionar as relações com Cuba e a Venezuela, articulação para a qual um Brasil sem Bolsonaro é fundamental.

Se o país que entrou no jogo global para valer no governo Lula incomodava os Estados Unidos, essa república de bananas bolsonarista é um risco para os interesses de Washington na região. Biden compreende o tamanho da encrenca.

Donald Trump deixando a sala de instruções da Casa Branca após falar com repórteres em Washington | Foto: Erin Schaff

Trump sai pela porta dos fundos, o que deixa Bolsonaro mal na foto

Nos últimos dias, vimos a Venezuela doar oxigênio a doentes de covid-19 em Manaus. O Brasil depende da China para ter os insumos para a CoronaVac, única vacina realmente viável no momento no país. Venezuela e China são países que foram atacados infantilmente por Bolsonaro e filhos e por essa diplomacia de quinta categoria de Ernesto Araújo.

Países não têm relações pessoais. Valem os interesses nacionais. Nos próximos meses, veremos uma série de ações dos EUA para abreviar a passagem de Bolsonaro pelo poder. Esses movimentos atendem aos interesses nacionais dos EUA, que coincidem com os do Brasil neste momento. É uma tarefa civilizatória tirar Bolsonaro do Palácio do Planalto.

Se Donald Trump tivesse sido reeleito, Bolsonaro ganharia fôlego político. Mas o resultado da eleição americana o deixou mais isolado do ponto de vista internacional, o que tem reflexos domésticos, como levar ao arrependimento eleitores que o apoiaram em 2018.

Em campanha João Dória Abraça Jair Bolsonaro
“É preciso cuidado com os democratas de ocasião”, diz Kennedy Alencar.

Os democratas de ocasião: uma história brasileira

Em 2020, surgiram no Brasil os democratas de pandemia. Ser contra Bolsonaro hoje é como ser a favor da água encanada.

Em 2018, ele já representava tudo de ruim que poderia ser guindado à Presidência da República, mas o aval de Sergio Moro e da Lava Jato acalmou consciências. A falsa equivalência entre petismo e bolsonarismo, feita até hoje, é cúmplice dessa tragédia. Foi preciso uma pandemia para esse pessoal “descobrir” quem é o genocida, o único político do planeta que sofreu uma derrota com o início da vacinação contra a covid-19.

É preciso lembrar o que aconteceu no verão passado para o Brasil não cair em outro conto do vigário, trocando seis por meia dúzia.

Há muitas semelhanças nos processos políticos que resultaram em Trump e Bolsonaro, mas duas diferenças são abissais. A elite dos EUA gosta do seu país. Com exceção da Fox News, o jornalismo profissional americano nunca normalizou Trump.

Será bem-vinda a ajuda de Biden para aumentar a chance de o Brasil se livrar do pior presidente da sua história, mas é necessário que a nossa sociedade civil faça a sua parte desta vez.

_________________________________

*Kennedy Alencar é jornalista. Já cobriu as guerras do Kosovo e Afeganistão. Começou sua carreira na imprensa escrita, no jornal “Folha de S.Paulo” e atualmente é colunista do UOL.

Tags: DemocraciaEUAInternacional
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Ricardo Antunes

Ricardo Antunes

Ricardo Antunes é jornalista, repórter investigativo e editor do Blog do Ricardo Antunes. Tem pós-graduação em Jornalismo político pela UnB (Universidade de Brasília) e na Georgetown University (EUA). Passou pelos principais jornais e revistas do eixo Recife – São Paulo – Brasília e fez consultoria de comunicação para diversas empresas públicas e privadas.

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