*Por Eduardo Cunha — Sabemos que a grande mídia, notadamente o Grupo Globo, aceita qualquer coisa para conseguir a derrota de Bolsonaro. No decorrer do tempo, o “Jornal Nacional” vem de tornando uma extensão do horário eleitoral contra Bolsonaro. Isso a Justiça Eleitoral não contesta.
As entrevistas com os candidatos a presidente deram a Lula 6 minutos a mais de fala em comparação a Bolsonaro, sem qualquer contestação, para que o petista dissertasse sobre suas ideias –bastante equivocadas, por sinal, no meu ponto de vista.
Isso sem contar a diferença de tratamento. O desrespeito e deboche do apresentador com o presidente da República não tem precedentes na história do jornalismo brasileiro.
Para os grandes meios de comunicação, Globo à frente, a vitória de Lula é uma mal menor. Acham que Lula será muito mais fácil de derrubar, pela idade que tem e pelo consequente menor ímpeto. Além disso, o vice da chapa, Geraldo Alckmin (PSB), é um escolhido deles. Isso, por si só, sinaliza a Lula para abrir o olho. Ele não resistirá a uma pressão da mídia.
Esses grupos de comunicação dão como certo que Alckmin acabará assumindo a Presidência. Ou no mínimo será o candidato em 2026 no lugar da reeleição de Lula, caso ele vença as eleições e ainda esteja no Planalto até lá.
Já a vitória de Bolsonaro põe em risco até mesmo a renovação da concessão da Globo –já vencida, por sinal, com pedido de renovação protocolado, sem decisão ainda do governo. Alguém tem dúvidas de que, com Bolsonaro, a renovação será muito mais difícil para a Globo, em comparação a Lula?
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Eduardo Cosentino da Cunha, 64 anos, é economista e ex-deputado federal. Foi presidente da Câmara em 2015-16. Ficou preso preventivamente pela Lava Jato de 2016 a 2021. Em 2021, sua prisão foi revogada pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região.