Da Redação do Blog – A investigação exclusiva que expôs as irregularidades de diversas marcas de água mineral a foi a campeã de audiência no blog em 2024, com quase 300 mil visualizações.
As empresas foram autuadas por crimes contra as relações de consumo, com falhas na higiene dos garrafões e falsificação de selos fiscais.
A Operação Clean Water, liderada pela Decon, ainda descobriu dívidas fiscais e envolvimento de 12 empresários. A denúncia repercutiu amplamente, reforçando o compromisso do blog com o jornalismo investigativo e independente.
RELEMBRE
Água mineral Santa Lúcia H2O e as marcas Caxangá, Paratibe e Estrela, envasadas no Recife e em Paulista, na Região Metropolitana do Recife, são quatro das seis empresas autuadas na sexta-feira pela polícia por infrações sanitárias e fiscais.
As empresas não faziam a higiene adequada dos garrafões de 20 litros, deixando de usar detergentes, e não afixavam o selo de controle de qualidade exigido pela legislação. Os 12 donos foram autuados em flagrante por crimes contra as relações de consumo.
“Pureza e compromisso com a natureza”, promete no Instagram a água mineral Santa Lúcia. A empresa autuada fica na Estrada Sítio do Picapau Amarelo, em Paratibe, no município de Paulista, entre os sócios está Ana Lúcia de Araújo.
Os três proprietários da água mineral Caxangá tocam a empresa na Avenida Joaquim Ribeiro, no bairro de Caxangá, no Recife. São Cley Albuquerque Couto da Silva, Eliene de Albuquerque Silva e Sebastião Fagundes de Albuquerque.
Apesar do nome, a água mineral Paratibe fica na BR-101 Norte, galpão B, em Jardim Paulista, em Paulista. Seus donos são Mércia Maria de Barros Barbosa e Milton Guerra Barbosa. Na Rua Mauriceia, no Janga, em Paulista, funciona a água mineral Estrela, de propriedade de Carlos Eurico de Oliveira e Márcia Maria Martins Magalhães de Oliveira.
Numa operação da Delegacia do Consumidor (Decon), com apoio do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), Procon, Secretaria estadual da Fazenda e a Vigilância Sanitária da Prefeitura do Recife, a chamada Operação Clean Water (água limpa, na tradução do inglês) flagrou também dívidas de ICMS de R$ 37 mil e falsificação de selos de controle fiscal.
“Vamos acabar com as fraudes no envasamento dos garrafões. Água é vida. E não podemos admitir que se comercializem água sem procedência, que pode matar a nossa população”, disse o delegado do consumidor, Hilton Lyra, chefe da operação, conforme noticiou o Diario de Pernambuco.