Por Ricardo Antunes – Bolsonaro, enfim, seguiu o que a maioria do seu entorno lhe pediu. Moderação e menos tensão. Ele fez um discurso de campanha e para o guia eleitoral. Nele compara o seu governo com os petistas, diz que o mal quer voltar, beija Michelle na boca e cita bons números da economia e o Auxílio Brasil. Lamentou os mortos da pandemia, mas criticou o ” fique em casa”.
Disse também que o Brasil é um país cristão e contra o aborto. Foi uma fala
amena e política como queriam seus assessores.
A Globo News e a CNN não puderam cortar quando a turma gritou “Lula ladrão seu lugar é na prisão”. Ou seja, ainda aproveitou o Ibope das duas emissoras para fustigar seu principal concorrente.
Faria apenas duas ressalvas: Quem “não brocha” não precisa dizer que é “imbrochável” e a comparação entre Michelle e Janja também era absolutamente dispensável. Obviamente ele mirou no eleitorado feminino.
A Globo News e a CNN, agora, estão criticando o que chamam de “discurso de campanha”. Ou seja, a crítica é porque o presidente não fez um “discurso de estadista” (sic) pelo 200 anos da independência.
Pode isso? É claro que não. É mais que óbvio que todo o show não foi montado com esse fim. E é bom lembrar que ele tirou a faixa presidencial e saiu do palanque oficial para falar aos presentes.
Em resumo: A maioria da imprensa quer que Jair Bolsonaro não seja Jair Bolsonaro
É um erro.