Da Redação do Blog — O Brasil tem um dos Judiciários mais caros do planeta. Em 2023, a conta bateu R$ 132,8 bilhões – o equivalente a 1,2% do PIB. Para comparação, a média mundial é de apenas 0,4%. E sabe para onde vai a maior parte desse dinheiro? Para os próprios servidores e magistrados, informa reportagem do TAB UOL.
Juízes, por exemplo, custaram em média R$ 68 mil por mês no ano passado, enquanto os servidores ficaram na casa dos R$ 20 mil. Isso acontece porque, além do salário, eles recebem uma enxurrada de benefícios chamados de “penduricalhos”, como auxílio-moradia – pago até para quem já tem casa própria.
Enquanto isso, o cidadão comum sofre com processos que se arrastam por anos. São mais de 80 milhões de ações na fila, e 40% delas são do próprio Estado, tentando cobrar ou empurrar contas para a população.
O resultado? Um sistema lento, caro e que, muitas vezes, não entrega justiça para quem realmente precisa. Enquanto juízes brasileiros ganham acima do teto constitucional com auxílios diversos, na Alemanha, por exemplo, um magistrado leva 20 anos para atingir o topo da carreira. Aqui, em dois anos, já recebem mais que ministros do STF.