Do Antagonista — Há exatos três meses, em 11 de março de 2020, o então ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, alertava o Brasil para o que ele chamou de “guerra” contra o novo coronavírus.
Em uma reunião a portas fechadas no Congresso, no início da noite, com outros ministros e lideranças partidárias, Mandetta mudou o tom que estava adotando até então e falou com clareza que a situação era muito séria.
Na ocasião, ele afirmou que os tempos difíceis no Brasil em razão da pandemia durariam “aproximadamente de quatro a cinco meses, até que a gente construa uma imunidade coletiva”.
“Não será um passeio no parque. Vai separar homem de menino, vai ser enfrentamento. Nós vamos ter que estar muito próximos, muito unidos.”
No mesmo encontro, Mandetta disse que as decisões nas semanas seguintes seriam “muito autocráticas”.
A partir dali, prefeitos e governadores começaram a adotar medidas restritivas. E o país nunca mais foi o mesmo.