Representantes das empresas Google, Facebook e Twitter tiveram suas convocações para a CPI da covid aprovadas na manhã desta quarta-feira (23). A comissão pede explicações sobre o fato das redes sociais terem mantido em suas plataformas conteúdos negacionistas divulgados pelo presidente Jair Bolsonaro durante a pandemia. As publicações contrariam evidências científicas e estimulam o desrespeito às medidas sanitárias.
O requerimento foi feito na última sexta-feira (18) pelo vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Para embasar o pedido, ele citou o banimento de Donald Trump pelo Facebook e Instagram durante o processo eleitoral norte-americano.
Sem provas, o então presidente dos EUA fez postagens afirmando ter havido fraudes no pleito que elegeu o democrata Joe Biden. Em diversas postagens, o Twitter colocou um alerta sobre conteúdo falso. O republicano também incitou apoiadores a invadirem o Capitólio, sede do Congresso norte-americano, durante sessão que oficializou Biden como presidente. Após o caso, a rede social anunciou o banimento permanente do bilionário.
O pedido de convocação foi motivado depois de Bolsonaro declarar durante live na última quinta-feira (17) que, para efeitos de imunidade, a contaminação por covid-19 pode ser “até mais eficaz” que a vacina contra a doença. “Por muito menos, o Twitter e o Facebook baniram o senhor Donald Trump”, disse Randolfe.