Com informações da Assessoria de Imprensa — O Guia eleitoral no rádio do candidato a prefeito de Jaboatão Daniel Alves (MDB) desta quinta-feira, 22, deu o que falar na cidade. O programa trouxe a tona a operação da Polícia Federal (PL), intitulada ‘Desumano’, que foi executada no último mês, com o objetivo de apurar irregularidades em contratos destinados para o combate à Covid-19 no município. Esses contratos foram realizados por meio da Secretaria de Saúde de Jaboatão, com recursos provenientes do SUS/Ministério da Saúde.
No Guia eleitoral, Daniel Alves afirma: “População não pode esquecer! Há um mês, Jaboatão foi alvo da Polícia Federal, na Operação Desumano, que investiga fraudes em contratos direcionados para o combate ao novo coronavírus no município. Dinheiro do Ministério da Saúde. Cadê o Hospital de Campanha? Muitas pessoas morreram vítimas da doença, porque também não tiveram amparo”, ressaltou. Em seguida, Daniel Alves falou sobre propostas para a Saúde.
O que tudo indica é que a polarização das eleições será entre Daniel Alves e Anderson Ferreira.

Relembre
Supostas irregularidades em contratação de organização social de saúde (OSS) para gerenciamento de serviços de saúde pela Prefeitura Jaboatão dos Guararapes foi alvo, na última quarta-feira, 16, da Operação Desumano. Os recursos liberados pelo Sistema Único de Saúde eram para medidas de combate à covid-19.
Na ação, que teve o apoio do Ministério Público Federal (MPF) e Ministério Público do Estado de Pernambuco (Gaeco/PE), cerca de 80 policiais federais e 8 auditores da Controladoria-Geral da União (CGU) deram cumprimento a um mandado de prisão temporária e 21 de busca e apreensão: 16 em Recife, três em Jaboatão dos Guararapes, um em Olinda e um em Paulista, também no Grande Recife.
Os levantamentos iniciais efetuados pela CGU e pelos órgãos parceiros identificaram irregularidades na execução dos valores. A empresa investigada foi favorecida pela dispensa de licitação em dois processos. Juntos, eles somam quase R$ 58 milhões. As análises e diligências efetuadas concluíram ainda que os municípios investigados contrataram a organização social para atuar na terceirização de serviços de saúde, sem que esta detivesse requisitos formais e capacidade operacional, patrimonial e financeira compatíveis com os serviços pactuados. “Há indícios de possível direcionamento, por parte de agentes públicos dos municípios, bem como possíveis pagamentos indevidos, mediante desvios de recursos na execução dos contratos”, explicou a PF.