Da Redação do Blog – A história se repete. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) recomendou que a Prefeitura de Caruaru refaça o edital dos camarotes privados do São João 2025. O motivo? Falta de transparência e risco de prejuízo financeiro para o município.
A situação lembra a polêmica revelada pelo nosso blog na série de matérias “A Farra do São João de Caruaru”, em 2023. Na época, o MPPE já havia investigado concessões irregulares nos camarotes da festa. O esquema beneficiava a Festa Cheia, empresa do empresário Augusto Acioli, e do deputado federal Felipe Carreras (PSB).
A série de reportagens mostrou contratos duvidosos, falta de fiscalização e o favorecimento de camarotes específicos, como o Camarote Exclusive. A denúncia levou o MPPE a intervir e os empresários a devolverem R$ 1 milhão aos cofres públicos.

Agora, o alerta volta à tona. O MPPE identificou que o edital atual, do Pregão Eletrônico nº 90011/2025, unifica a exploração dos camarotes privados e a captação de patrocínios sem um estudo técnico que comprove benefícios para a cidade. O órgão alerta que o modelo pode resultar em um contrato barato para empresas e caro para os cofres públicos.
Entre as mudanças recomendadas estão a separação das concessões dos camarotes e patrocínios, um estudo técnico detalhado e regras claras sobre preços e repasse de receitas. Caso a Prefeitura não acate as recomendações em 48 horas, o MPPE pode suspender a licitação.
Parece que gestão do prefeito Rodrigo Pinheiro (PSDB) não aprendeu com os erros do passado. Até quando o São João de Caruaru continuará sendo palco de escândalos? A governadora Raquel Lyra concorda com isso?
Veja a matéria do Diário de Pernambuco:
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