Da Redação do Blog – No segundo dia de greve dos motoristas, os passageiros voltaram a enfrentar muitas dificuldades para ir ao trabalho, escola ou compromissos. No início da manhã desta terça (27), já teve de tudo. Pneus de ônibus foram furados para impedir a circulação. Havia muitas filas nos terminais e mais uma vez uma pergunta ainda ficou sem resposta: quando o serviço voltará ao normal no Grande Recife?
Na quarta (26), a Justiça do Trabalho determinou que 60% da frota circulasse nos horários de pico e 40% no restante do dia. Mas isso não foi o que aconteceu nesta quinta, bem cedo. O Grande Recife Consórcio não divulgou qual percentual de coletivos nas ruas, mas a reclamação de quem precisou era geral.
Imagens feitas pelas emissoras de TV mostraram uma verdadeira “guerra” em busca de uma vaga nos poucos coletivos que estavam em operação. Na Macaxeira, na Zona Norte, pessoas chegaram às 4h e até as 6h30 não tinham conseguido transporte.
Na PE-15, em Olinda, funcionários de empresas foram chamados para consertar pneus que tinham sido esvaziados ou furados por pessoas ligadas ao sindicato dos trabalhadores, como forma de intensificar a mobilização de greve. Ao menos 18 veículos foram vandalizados.
A Justiça do Trabalho também arbitrou multa de R$ 30 mil por dia, em caso de descumprimento da determinação de operação de frota mínima. Nesta quarta, outra conciliação está marcada para tentar encerra a movimentação dos profissionais.
Os motoristas pediram 10% de aumento salarial e mudança na jornada de trabalho. Também cobram mais segurança no sistema.
Na reunião, a Urbana-PE apresentou uma contraproposta para os rodoviários de 3% de reajuste salarial, ticket de R$ 370 e gratificação pela dupla função no valor de R$ 150.
Os rodoviários não aceitaram e fizeram uma contraproposta para levar à categoria de 5% de reajuste, ticket de R$ 500 e gratificação de R$ 200. Mas os empresários não aceitaram.
Para piorar, o metrô também está parado até esta noite, Os trabalhadores disseram que não descartam novas mobilizações na próxima semana.
Nessa briga entre trabalhadores, empresários e governos, quem paga é a população, que ficou a pé. São dois milhões de passageiros pedindo socorro.