De O Globo – Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ocupam, na tarde deste domingo, parte da Avenida Paulista, em São Paulo, numa manifestação convocada pelo ex-titular do Palácio do Planalto para demonstrar apoio em meio às investigações da Polícia Federal (PF) por suposta tentativa de golpe de Estado.
O ato começou, oficialmente, às 14h, mas desde o início da manhã a avenida, um dos cartões postais da capital paulista, já registrava movimentação intensa, com a presença de apoiadores do ex-presidente vestindo camisas verde e amarelo, além de bandeiras do Brasil, de Israel e de Bolsonaro estendidas nas calçadas. O Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp) ficou fechado neste domingo por conta da manifestação.
Jair Bolsonaro subiu ao trio elétrico por volta das 15h, ao lado de sua esposa Michelle Bolsonaro, do senador Magno Malta, do pastor Silas Malafaia e dos governadores de São Paulo, Tarcisio de Freitas, Minas Gerais, Romeu Zema, e Goiás, Ronaldo Caiado.
No último dia 12, o ex-presidente gravou um vídeo chamando seus seguidores às ruas num “ato pacífico” e em defesa do “Estado democrático de direito”. Na mensagem, amplamente divulgada por aliados nas redes sociais, Bolsonaro prometeu rebater “todas as acusações” que lhe foram feitas nos últimos meses.

Ele ainda faz um apelo para que seus apoiadores não levassem cartazes “contra quem quer que seja”— as manifestações bolsonaristas frequentemente exibem faixas com ataques ao Supremo Tribunal Federal (STF) e seus ministros, recomendações que foram repetidas por aliados durante toda a semana em grupos bolsonaristas.
Os apoiadores acataram o pedido do ex-presidente e optaram por camisetas que estampavam palavras de ordem em exaltação a Bolsonaro e por slogans como “Deus, pátria e família” e “meu partido é o Brasil”, já utilizados em outras manifestações ao longo da gestão do ex-presidente. Também houve quem empunhou a bandeira de Israel, bastante disponível para compra em camelôs ao longo da via. Ao longo das primeiras horas de concentração na Paulista, não havia sinal de levante, críticas ou ataques às instituições.
