Da Redação do blog – A Polícia Federal em Pernambuco, com apoio da Receita Federal e da Controladoria-Geral da União, deflagrou hoje a segunda fase da Operação Dilúvio.
A meta da ação é reprimir a atuação de uma organização criminosa que atua na região praticando corrupção, desvio de recursos públicos e fraudes em licitações, lavagem de dinheiro e agiotagem.
Os crimes têm envolvimento de agentes públicos, servidores e empresários. Na primeira etapa da operação, os policiais atuaram contra crimes em Água Preta. Entre os investigados já estava o prefeito Noé Magalhães (PSB), preso hoje.
De acordo com a PF, o que levantou suspeita foi a contratação, de forma emergencial, de uma prestadora de serviços de manutenção corretiva e preventiva de veículos da frota do município.
Segundo a polícia, a empresa contratada custeou despesas como passagens aéreas internacionais em classe executiva para o prefeito e sua esposa.
Estão sendo cumpridos hoje sete mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva, na região metropolitana de Recife e no município de Palmares.
A primeira fase da Operação Dilúvio foi deflagrada no dia 23 de maio deste ano. Na época, foram cumpridos 27 mandados de busca e apreensão em diversos endereços ligados ao grupo investigado, localizados nos municípios de Água Preta, Cabo de Santo Agostinho, Catende, Gravatá, Jaboatão dos Guararapes, Palmares, Paulista, Recife e Tamandaré.
Os resultados obtidos com a primeira fase do trabalho revelaram indícios do envolvimento de outras pessoas no esquema criminoso, inclusive por meio da prática de atos de obstrução da justiça, além da identificação de novas contas bancárias utilizadas pelos investigados.
Isso motivou a Polícia Federal a representar por novas medidas investigativas, deferidas integralmente pelo Tribunal Regional Federal da 5ª Região.
Ao todo estão sendo empregados na presente ação 40 (quarenta) policiais federais, além de servidores da Receita Federal e da Controladoria-Geral da União.
As penas máximas estimadas para os crimes investigados na Operação Dilúvio, somadas, podem ultrapassar 40 anos de reclusão.
O nome da Operação, extraído de uma passagem bíblica, faz referência ao meio utilizado por Deus para fazer desaparecer da terra os vícios humanos, no caso presente, a malversação dos recursos públicos.