Por Lorena Barros – UOL/SP – A Polícia Federal investiga a suspeita de uma fraude cometida pela equipe durante uma intervenção do Rio de Janeiro, No total, são 16 mandatos de busca e apreensão em quatro estados da federação na manhã desta terça-feira (12).
Além dos crimes de corrupção ativa e passiva, a operação apura se servidores públicos federais cometeram os crimes de patrocínio de contratação indevida, dispensa ilegal de licitação e organização criminosa durante a compra de 9.360 coletes balísticos no período da intervenção.
Quem está envolvido?
Interventor federal no Rio de Janeiro na época, nomeado pelo então presidente Michel Temer, general Braga Netto teve o sigilo telefônico quebrado. Ele não é alvo da operação, mas investigado.
O valor total do sobrepreço da compra dos coletes foi de R$ 4.640.159,40, segundo análise do Tribunal de Contas da União. O valor total pago à empresa pela compra após despesa de licitação foi de R$ 40.169.320,80 (US$ 9.451.605,60), entregues no dia 23 de janeiro de 2019. O valor foi estornado à União após suspensão de contrato, em setembro do mesmo ano. As compras em questão foram feitas com a empresa americana CTU Security LLC pelo gabinete de intervenção federal.
O suposto crime foi descoberto durante a investigação do país sobre o assassinato do presidente haitiano Jovenel Moises, em julho de 2021. Na ocasião, segundo as investigações dos EUA, a CTU Security LLC forneceu a logística militar para executar o então presidente.