Do Poder360º — O PT anunciou nesta 4ª feira (3.ago.2022) acordo para o Pros apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a presidente da República. O pré-candidato do Pros ao Planalto, Pablo Marçal, porém, contesta o acordo.
Convenção do Pros no domingo (31.jul.2022) confirmou Marçal como candidato. Em seguida, o STJ (Superior Tribunal de Justiça), devolveu o comando do partido a Eurípedes Jr. O dirigente estava afastado da presidência da legenda desde março por decisão de 2ª Instância.
Foi ele quem fechou o acerto com o grupo de Lula.
“Ele [Eurípedes] não tem esse poder de mudar o resultado de uma convenção realizada débito prazo legal”, disse Marçal em nota.
Caso a vontade de Eurípedes Jr. prevaleça, Marçal não será candidato e o Pros estará na coligação de Lula. Hoje, a aliança oficial tem PT, PSB, Solidariedade, Psol, PC do B, PV e Rede.
Há uma nova convenção do Pros marcada para 6ª feira (5.ago.2022), último dia antes do fim do prazo para esta etapa do processo eleitoral. O evento também é questionado por Pablo Marçal.
O acerto entre o grupo de Lula e o atual presidente do Pros foi em reunião na manhã desta 4ª. Estavam no encontro, pelo lado do partido, Eurípedes e Bruno Pena, advogado.
O lado lulista era representado por Aloizio Mercadante (PT), presidente da Fundação Perseu Abramo e coordenador do programa de governo de Lula, e Geraldo Alckmin (PSB), vice na chapa.
A conversa foi na Fundação Perseu Abramo, segundo nota enviada à imprensa pela assessoria de Mercadante.
De acordo com o texto, o Pros apresentou como proposta auxílio a brasileiros endividados. O tema já era discutido no entorno de Lula.
Mesmo se tratando de um partido pequeno com um pré-candidato com traço nas pesquisas de intenção de voto, eventual concretização do movimento será importante para Lula pelos seguintes motivos:
- Chances de 1º turno – quanto menos candidatos, maior a chance de o petista vencer no 1º turno;
- Tempo de TV – o Pros tem 6,4 minutos de propaganda eleitoral na TV;
- Sinal de amplitude – a adesão do maior número possível de partidos é importante para o discurso de frente ampla encampado por Lula.