Do G1 — Após o indeferimento da proposta pelo Iphan, a prefeitura do Recife, através da Secretaria de Política Urbana e Licenciamento (Sepul), emitiu um ofício favorável à reforma dos edifícios e à construção do restaurante, no dia 23 de janeiro de 2024.
No documento, a prefeitura apontou adequações no projeto de reforma, como a preservação da leitura individual das edificações, incluindo revestimento e pintura em cores diferentes. Sobre o dirigível, a saída foi transformá-lo em um elemento artístico temporário.
A prefeitura recomendou que a estrutura do restaurante em formato de zepelim fosse “desmontável, reversível, provisório, escultural” e de “intervenção artística”.

Com o parecer favorável da prefeitura, um segundo projeto de reforma e intervenção foi encaminhado ao Iphan, no dia 22 de fevereiro de 2024. O corpo técnico voltou a rejeitar a proposta, mas o parecer foi reformado pelo superintendente do Instituto.
Em entrevista ao g1, o superintendente Jacques Ribemboim justificou que, após a reforma, os edifícios serão transformados num centro cultural que abrigará exibições públicas com um grande acervo de renomados artistas pernambucanos.
Ribemboim argumentou que existe um ganho sociocultural para a população que não pode ser ignorado.
“O [corpo] técnico do Iphan, na verdade, são arquitetos. Eles abordam a questão sobre a ótica exclusiva arquitetônica, que é importante, […] mas não é a única. Desde que o imóvel seja preservado e restaurado, a gente pode eventualmente incorporar outras esferas na nossa análise, por exemplo, a ‘desejabilidade’ da população de um projeto dessa magnitude”, disse.
Em sua revisão, o superintendente autorizou tanto a reforma, quanto a construção do restaurante em formato de zepelim- que terá cinco anos para funcionar numa estrutura firmada em metais e lona.
A decisão, no entanto, deixa em aberto se, após esse período, o restaurante será removido, incorporado definitivamente, ou liberado para continuar em funcionamento por prazo determinado.