Blog do Ricardo Antunes
  • Opinião
  • Brasil
  • Política
  • Lei & Ordem
  • Pernambuco
  • Economia
  • Educação
  • Ciências
  • Esportes
  • Cultura
  • Eventos
  • Tecnologia
Sem Resultados
Ver todos os resultados
APOIE
Blog do Ricardo Antunes
  • Opinião
  • Brasil
  • Política
  • Lei & Ordem
  • Pernambuco
  • Economia
  • Educação
  • Ciências
  • Esportes
  • Cultura
  • Eventos
  • Tecnologia
Sem Resultados
Ver todos os resultados
Blog do Ricardo Antunes
Sem Resultados
Ver todos os resultados
  • Quem Somos
  • Quem é Ricardo Antunes
  • Apoie
  • Newsletter
  • Arquivo
  • Fale Conosco
  • Termos de Uso
Home Política

Suíça demorou 2 anos para enviar extratos suspeitos de José Serra (PSDB)

Ricardo Antunes Por Ricardo Antunes
03/07/2020 - 09:49
A A
CompartilharTweetarWhatsApp

Por Jamil Chade, no UOL — No início de 2019, as autoridades suíças deram o sinal verde para a transferência aos procuradores brasileiros de extratos bancários relativos a movimentações envolvendo a suspeita de financiamento de campanhas do ex-governador e ex-chanceler José Serra. Numa decisão de 18 de janeiro do ano passado, o Tribunal Federal do país rejeitou um último recurso apresentado pelos advogados de defesa.

 

Com a decisão, o Ministério Público Federal da Suíça pode enviar as centenas de páginas das movimentações bancárias ao Brasil, permitindo que as investigações avançassem e que o suposto caminho do dinheiro fosse estabelecido. O processo, porém, durou quase dois anos, numa tentativa dos advogados de defesa de impedir que as informações chegassem aos procuradores brasileiros.

A última tentativa dos advogados era a de convencer o tribunal de que a cooperação não fazia sentido, já que, em 2018, o Supremo Tribunal Federal declarou como extinta a punibilidade dos supostos crimes atribuídos ao senador.

No dia 5 de setembro de 2018, os advogados argumentaram aos juízes suíços que a cooperação não poderia continuar já que, em 28 de agosto 2018, o STF reconhecia a “extinção da punibilidade” de Serra e de outros implicados.

Aos suíços, os advogados entregaram um comunicado de imprensa do STF em que constava que “por unanimidade, a Segunda Turma do STF determinou a remessa à Justiça Eleitoral de São Paulo dos autos do inquérito 4428, em que o senador José Serra (PSDB-SP), o ex-deputado federal Ronaldo César Coelho (PSDB-RJ) e o ex-diretor da Dersa Paulo Vieira de Souza são investigados pelo suposto recebimento de recursos para financiamento de campanhas eleitorais com recursos advindos de contratos para a construção do Rodoanel, em São Paulo”.

“Por maioria, a Segunda Turma decidiu ainda reconhecer a extinção da punibilidade de Serra e Coelho em relação aos fatos supostamente ocorridos antes de agosto de 2010”, indicava o STF no documento entregue aos juízes.

Em 2018, o Supremo Tribunal Federal declarou como extinta a punibilidade dos supostos crimes atribuídos ao senador.

Para a Suíça, a decisão brasileira não impedia que houvesse uma investigação e a transmissão dos extratos. “O recurso é inadmissível”, declararam os juízes suíços. O argumento da corte era de que, na Suíça, o que está sendo alvo de um confisco são as empresas offshore que foram usadas para fazer o dinheiro transitar. Segundo eles, essas empresas “nem estão domiciliadas no Brasil”.

Uma das empresas offshore supostamente usadas no esquema é a Circle Technical Company Inc, do empresário José Amaro Pinto Ramos, considerado operador do PSDB. Uma das suspeitas em 2019 era de que, a partir da Circle, cerca de 400 mil francos suíços tenham sido depositados ainda numa conta da filha de Serra, Verônica.

Outro argumento dos advogados é de que o STF reclassificou os crimes e que, portanto, eles seriam “apenas crimes eleitorais”. Nesse caso, os suíços alertam que a decisão brasileira não declarou que a investigação estrangeira deveria ser abandonada e nem que a cooperação seria suspensa.

Além disso, o Tribunal suíço constata: “os documentos são potencialmente úteis para reconstruir de maneira completa o fluxo do dinheiro relacionado a crimes cometidos depois de 2010, que não estão prescritos”. A decisão ainda classifica Serra como tendo sido “senador da República e expoente de um partido político”.

O processo começou em 2017, quando o Ministério Público da Suíça recebeu um pedido de cooperação do Brasil para investigar o caso por lavagem de dinheiro e corrupção. Foi ainda sob o mandato do então procurador-geral Rodrigo Janot que a Procuradoria-Geral da República solicitou ajuda oficial no exterior no caso que envolvia a campanha eleitoral de Serra e de outros membros do PSDB.

“Os créditos em questão teriam sido depositados nos anos 2006, 2007 e 2009, totalizando R$ 10,8 milhões”, indicou o Tribunal Federal. A instituição usada teria sido o Corner Bank, da cidade de Lugano.

No pedido, os procuradores brasileiros solicitavam todas as movimentações bancárias envolvendo as offshores que tinham operado os recursos entre 2006 e 2017. Em agosto de 2017, o MP suíço aceitou o pedido. Cinco meses depois, em 5 de janeiro de 2018, a Justiça de Berna autorizou o envio de dados das contas ao Brasil. Mas, desde então, o processo se arrastava nos tribunais do país.

De acordo com a denúncia da Lava Jato, entre 2006 e 2007, quando era governador de São Paulo, José Serra usou seu cargo para receber da Odebrecht pagamentos em troca de benefícios nas obras do Rodoanel Sul.

Depósitos

Ao tentar derrubar o envio de dados, os advogados da offshore indicaram que existem “sérias inconsistências” na cronologia dos fatos. “Os pagamentos feitos entre junho de 2006 e outubro de 2007 não poderiam constituir vantagens indevidas resultantes de crime de corrupção”, alegaram. “Os ex-diretores da Odebrecht confirmaram a existência de pedidos de pagamentos por políticos em relação ao financiamento das campanhas eleitorais de 2009 e 2010, pedidos atendidos entre 2008 e 2010. Portanto, depois de 2006 e 2007”, insistem.

“Na ausência de uma relação entre a oferta ou promessa de vantagens e o serviço, é impossível considerar os crimes de corrupção e a lavagem de dinheiro, sob a lei suíça”, alegaram.

Uma vez mais, os juízes derrubaram o argumento, indicando que “não se pode esperar” que o país que pede a cooperação tenha uma solicitação isenta de falhas. Para o tribunal suíça, a cooperação serve “justamente para esclarecer pontos obscuros relacionados a casos no exterior”. Na avaliação da corte, o Brasil não precisa “provar” a ofensa. Mas dar as bases suficientes das circunstâncias das suspeitas.

De acordo com o tribunal, as suspeitas vem da análise de computadores e servidores que continham “emails, tabelas, justificação de pagamentos” e outros dados mantidos pela Odebrecht para os subornos a políticos. Teria sido, segundo a decisão dos juízes, a análise desse material que levou os investigadores a concluir que houve um pagamento total de R$ 10,8 milhões da construtora em 2006, 2007 e 2009 para contas que beneficiariam o candidato do PSDB.

Força Tarefa da Lava Jato em SP denunciou cartel no Rodoanel Sul e obras viárias paulistanas

Apenas em uma das contas, a empresa Circle recebeu em 2006 onze depósitos, totalizando R$ 2,1 milhões. Cada parcela variava entre R$ 145 mil e R$ 245 mil e todas foram realizadas entre junho e dezembro daquele ano.

A mesma offshore ainda recebeu em 2007 mais R$ 2,4 milhões. Os pagamentos ocorreram em doze parcelas, cada uma no valor de R$ 200 mil. Uma segunda empresa ainda recebeu, entre 2006 e 2009, outros R$ 6,2 milhões. O dinheiro seria para apoiar “campanhas eleitorais”, incluindo presidenciais.

Os juízes ainda defenderam a troca de informações com o Brasil. “É precisamente para melhor entender a relação entre a Odebrecht e membros do PSDB que os investigadores brasileiros precisam da documentação do banco sob litígio”, defendeu o tribunal. Segundo a corte, o pedido de cooperação “satisfaz todas as exigências formais” e o recurso, portanto, “precisa ser rejeitado”.

“A utilidade potencial da documentação bancária é obvia, independente se o status de limitação foi imposto (no Brasil), já que as investigações tentar reconstruir todas as ofensas supostamente cometidas por outras pessoas, assim como pelos implicados”, completou o tribunal suíço na época.

Tags: corrupçãoLavagem de DinheiroMPFPropinaPSDBSão PauloSTF
Compartilhar43Tweet19Enviar
Ricardo Antunes

Ricardo Antunes

Ricardo Antunes é jornalista, repórter investigativo e editor do Blog do Ricardo Antunes. Tem pós-graduação em Jornalismo político pela UnB (Universidade de Brasília) e na Georgetown University (EUA). Passou pelos principais jornais e revistas do eixo Recife – São Paulo – Brasília e fez consultoria de comunicação para diversas empresas públicas e privadas.

Matérias relacionadas

Caminhão com suspeita de bomba interdita o Rodoanel no sentido Dutra

Motorista foi encontrado amarrado ao lado de artefatos, supostamente bombas

Do UOL - Uma carreta atravessada no km 44 do Rodoanel, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo, causa ao menos 15 quilômetros de congestionamento no sentido...

Leia MaisDetails

PF suspeita que propina pagou viagem de “prefeito tiktoker” à Disney

Por Tácio Lorran, do Metrópoles — A Polícia Federal (PF) suspeita que a viagem à Disney da família do prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos), realizada no fim...

Leia MaisDetails

Moraes detalha acusações contra ‘Kids Pretos’ por planejar assassinato de autoridades

STF julga grupo acusado de planejar mortes de Moraes, Lula e Alckmin

Do Estadão - A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) começa a julgar, nesta terça-feira, 11, dez militares acusados de integrar o núcleo 3 da trama golpista....

Leia MaisDetails

Empresa suspeita de propina recebeu R$ 4,4 milhões em verba da COP

Do UOL - Numa troca de mensagens pelo WhatsApp, um empresário de Belém perguntou ao pai como deveria descrever um Pix que havia mandado ele fazer. "Eu preciso...

Leia MaisDetails

TRF pode cassar e tornar inelegível Lula Cabral ainda este mês

Lula Cabral pode ser cassado e ficar inelegível por decisão do TRF 5

Por Luiz Roberto Marinho – Empossado na Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, em janeiro último, o prefeito Lula Cabral (Solidariedade) poderá ser...

Leia MaisDetails
Próximo Artigo

Diário de Pernambuco e Blog do Ricardo Antunes recebem Osmar Terra

Por favor, faça login para comentar

Governo PE

Camaragibe

São Lourenço da Mata

CATEGORIAS

  • Brasil
  • Ciências
  • Cultura
  • Economia
  • Educação
  • Esportes
  • Eventos
  • Lei & Ordem
  • Opinião
  • Pernambuco
  • Política
  • Tecnologia
Assine nossa lista para receber atualizações diárias diretamente em sua caixa de entrada!

Blog do Ricardo Antunes

Ricardo Antunes - Debates, polêmicas, notícias exclusivas, entrevistas, análises e vídeos exclusivos.

CATEGORIAS

  • Brasil
  • Ciências
  • Cultura
  • Economia
  • Educação
  • Esportes
  • Eventos
  • Lei & Ordem
  • Opinião
  • Pernambuco
  • Política
  • Tecnologia

ASSUNTOS

Alexandre de Moraes Bolsonarismo Brasília Carnaval Coronavírus corrupção Covid-19 DEM Eleições Eleições 2020 Eleições 2022 Esporte EUA Fake News Fernando de Noronha Futebol Internacional Investigação Jair Bolsonaro João Campos Justiça Lava Jato Luciano Bivar Marília Arraes MDB Olinda operação Paulo Câmara PL polícia cívil Polícia Federal PSB PSDB PT Raquel Lyra Ricardo Antunes Rio de Janeiro Saúde Senado Sergio Moro STF São Paulo União Brasil Vacina Violência

© 2024 Ricardo Antunes - Todos Direitos Reservados

Sem Resultados
Ver todos os resultados
  • Opinião
  • Brasil
  • Política
  • Lei & Ordem
  • Pernambuco
  • Economia
  • Educação
  • Ciências
  • Esportes
  • Cultura
  • Eventos
  • Tecnologia

© 2024 Ricardo Antunes - Todos Direitos Reservados

Este site usa cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com o uso de cookies. Visite nossa Política de Privacidade.
Are you sure want to unlock this post?
Unlock left : 0
Are you sure want to cancel subscription?