Por Ricardo Antunes — Estava vendo TV quando o colega Otávio Toscano me mandou um ZAP: “Soubesse de Henrique Barbosa?” Eu disse que não e fique com medo enquanto o via teclando uma mensagem. Enquanto isso, quase no mesmo instante, o olindense e ex-Secretário de Cultura, Gilberto Sobral me confirmou a notícia.
Brincalhão, amigo dos amigos, Henrique Barbosa era uma figura muito querida em todas das redações pela quais passou. E também sabia ser chato, daquelas que não levava desaforo para casa.
Eu era não só seu amigo como também de Fátima, sua esposa, a quem conheci bem antes quando trabalhava no Bandepe, assim quando entrei para a faculdade. Ela também uma pessoa muito querida e do bem. Em junho, tentei contato com ele pelo zap, mas ele não respondeu.
Henrique era assim mesmo. Tanto fazia ligar toda semana quanto passar meses sem dar notícias. Se tinha defeitos? Claro, como cada um de nós. Mas nunca abriu mão do que pensava e do que achava certo.
Nos últimos anos discordamos bastante, mas tudo para ele era festa. Eu ligava para ele chamando atenção para o que ele tinha escrito no blog e ele logo me respondia com um palavrão, seguido de um beijo.
Era impossível ter raiva dele, até nas discordâncias dos embates da vida.
Adorava os restaurantes de Casa Forte onde era conhecido e quando convidava para jantar pedia o melhor vinho e o prato que o convidado escolhesse.
Com ele não tinha tempo ruim. Fazia questão de pagar a conta e também dar esporro nos amigos.
Não é a toa que aprontou mais uma, deixando a gente sem o último abraço. E sem a última taça de vinho.
A família deixou essa mensagem no seu blog. A Fátima e aos garotos, o abraço de todos que fazem a nossa redação.

Comunicado
“É com profundo pesar que comunicamos o falecimento do nosso fundador e diretor, jornalista Henrique Barbosa.
Henrique escreveu toda a sua trajetória profissional no Estado de Pernambuco e foi uma das mais respeitadas e admiradas figuras da nossa imprensa. A sua credibilidade, o seu compromisso com a verdade e a sua dedicação às causas do nosso povo, são o legado maior que ele deixa para todos aqueles que com ele aprenderam e conheceram o verdadeiro amor pelo jornalismo, além do compromisso com a notícia.
Henrique deixa viúva Dona Fátima e os filhos Rodrigo e Rafael. Aos familiares, parentes e amigos deixamos um forte abraço e os nossos sentimentos de dor, sofrimento e perplexidade,
Tão logo tenhamos a confirmação dos locais onde se realizarão o velório e sepultamento divulgaremos”