Do G1 — A Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (3), a “Operação Circuito Fechado”, que apura o suposto desvio de R$ 40.566.248 do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit) por meio de “contratações fraudulentas” de uma empresa do ramo de tecnologia. São investigados três contratos firmados entre 2012 e 2019.
Estão sendo cumpridos nove mandados de prisão temporária e 44 mandados de busca e apreensão em endereços no Distrito Federal, São Paulo, Goiás e Paraná. Além dessas medidas, a Justiça Federal também determinou o bloqueio de cerca de R$ 40 milhões nas contas dos investigados, bem como o sequestro de seis imóveis e 11 veículos.
Essa é a segunda fase da “Operação Gaveteiro”, deflagrada no dia seis de fevereiro, que apura o desvio de R$ 50.473.262,80 do Ministério do Trabalho, por meio da contratação irregular dessa mesma empresa.
Após a coleta de provas, a PF constatou um esquema envolvendo empregados e revendedores da empresa. A investigação apontou que o grupo vendia ferramentas de tecnologia aos órgãos, “sempre por meio de licitações fraudadas”. Servidores públicos atuavam para impedir a habilitação de empresas concorrentes, segundo a polícia.
“Além de direcionar a contratação, os agentes públicos maximizavam o seu objeto, forjando a necessidade de aquisição de valores milionários em licenças, suporte técnico, consultoria e treinamento”, disse a corporação.
Os investigados devem responder pelos crimes de peculato, organização criminosa, lavagem de dinheiro, fraude à licitação, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva. Se somadas, as penas podem ultrapassar 40 anos de prisão.