*Por Fernando Castilho — Poucos meses depois de tomar posse, o prefeito do Recife, João Campos comemorou a ordem de serviços dos dois habitacionais de sua administração, com 600 unidades e feitos pelo método de formas de concreto que reduz os custos e acelera a obras em mais de 40%.
Não contava com a explosão da inflação que estourou o orçamento inviabilizando a entrega ainda no ano passado. Hoje os habitacionais dependem de um aditivo que está sendo finalizado pela Caixa, que recebeu R$ 700 milhões de uma emenda no Congresso para a conclusão de 50 empreendimentos em varias cidades.
O dinheiro já está na Caixa, mas ainda serão necessários ajustes nos contratos para os aditivos. Se tudo correr bem é possível que até julho o prefeito entregue as unidades.
Mas ele precisa arranjar ainda R$ 2 milhões para fazer as chamadas ‘incidentes’, que são as conexões com as redes de água e esgoto, iluminação e acessos, sem os quais sua própria prefeitura não libera o habite-se.
Até agora a Prefeitura não conseguiu verba para esses serviços.

A demora na entrega dos habitacionais virou um problema para a prefeitura devido à pressão dos futuros moradores já cadastrados e que reclamam nas reuniões com a PCR das dificuldades de ocupação.
A Prefeitura também já trabalha no sentido de proteger a área reservada ao Parque do Aeroclube de possíveis invasões, o que destruiria a proposta de levar para a região um novo padrão de ocupação.
Atualmente as equipes do município estão finalizando os projetos de acesso para Via Mangue, partindo de Boa Viagem, possibilitando fazer intervenções na orla com aumento de área verde e jardins.
No ano passado, a Câmara Municipal do Recife instalou uma Comissão Especial de Acompanhamento da Obra do Aeroclube. Ela é presidida pelo vereador Paulo Muniz (Solidariedade), com o objetivo de acompanhar passo a passo o projeto.
A Comissão já se reuniu com vários setores entre eles os futuros moradores beneficiados no processo de seleção das famílias do Encanta Moça I e II, que fazem parte do complexo que será construído no terreno do antigo Aeroclube do Pina. A Prefeitura deu explicações sobre como o cadastro vem sendo construído em conjunto com a Caixa Econômica Federal.
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*Fernando Castilho é jornalista e colunista do JC Online








