Com informações da Folha de S. Paulo — Durante sabatina para o UOL/Folha, o pré-candidato ao Governo de Pernambuco, Jones Manoel (PCB), falou sobre as chuvas que atingiram o estado de Pernambuco e deixaram 129 mortos, e destacou que o governo federal e o governo de Pernambuco fizeram cortes sistemáticos no orçamento para saneamento, moradia e contenção de barreiras. “Não é uma tragédia natural quando você tem uma política proposital de não investir em saneamento básico, prevenção a tragédias e moradia popular. […] A chuva não mata, o que mata é uma política que despreza o interesse da classe trabalhadora”, afirmou.
Ele disse que prefeito do Recife, João Campos (PSB), se portou como um influencer e estava mais interessado em alimentar suas redes sociais do que em amparar a população atingida pelas chuvas. Também criticou o governador Paulo Câmara (PSB): “Ele conseguiu a façanha de ser um dos piores da história de Pernambuco. Ele se isentou da tragédia”.
Jones Manoel ainda afirmou que o Recife é uma das cidades do Brasil mais vulneráveis às mudanças climáticas e disse que a cidade não vai conseguir mudar este cenário sem uma mudança radical de sua política urbana. A tratar do tema da segurança pública, disse que o programa Pacto pela Vida, que foi uma das vitrines dos governos do PSB, está falido e não conseguiu frear o avanço da violência. E criticou a política de encarceramento.
“Sei que é difícil para muita gente ouvir isso, mas realidade é a seguinte: prender [pessoas] aumenta a violência. No nosso governo, a gente não vai mais construir presídios, a gente vai desencarcerar.” Ele ainda defendeu a implantação de câmeras nos uniformes para reduzir a violência policial e a criação de um comitê de defesa dos direitos humanos e de controle das ações policiais que seja externo à polícia.


