Da Crusoé — O Tribunal de Superior Eleitoral acolheu total ou parcialmente dez sugestões feitas pelas Forças Armadas e pelo ministro da Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira, para as eleições deste ano, segundo levantamento produzido pelo gabinete do ministro Edson Fachin. Das restantes, quatro podem ser utilizadas no futuro e apenas uma foi rejeitada.
Na última sexta-feira (10), o ministro da Defesa enviou um documento a Fachin cobrando que as propostas feitas pelas Forças Armadas fossem atendidas. Disse também que “eleições transparentes são questões de soberania nacional” e que “não nos interessa concluir a eleição sob a sombra da desconfiança”.
Ao todo, a Comissão de Transparência das Eleições, instaurada pelo TSE em setembro do ano passado, acolheu 32 das propostas recebidas. Ou seja, um terço das sugestões aprovadas é de autoria dos militares.
Das 15 recomendações feitas pelo general Heber Garcia Portella e pelo ministro da Defesa, apenas uma foi rejeitada. A sugestão que não foi acolhida pedia que o relatório de abstenções fosse disponibilizado à sociedade, assim como os dados sobre óbitos.
Ainda de acordo com o levantamento, enviado ao general no sábado, foram recebidas 44 sugestões de diversos representantes da sociedade para aprofundamento da transparência do processo eleitoral e 32 foram acolhidas parcial ou completamente.
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