Por André Beltrão — Sob condição de anonimato, mais duas pessoas confirmaram a acusação de assédio sexual por parte do chefe de gabinete da Prefeitura de Camaragibe, Anderson Neves, denunciada, ontem, com exclusividade por nosso Blog. O caso está nas mãos do delegado que já está ouvindo os envolvidos. O acusado, que é professor de História e auxiliar da prefeita Nadegi Queiroz, não quis responder as acusações, evitou nossa reportagem e não respondeu nossos telefonemas.
O Blog divulgou a informação ontem, após ter acesso ao processo de assédio sexual movido contra Anderson e que vem sendo acompanhado pelo Ministério Público de Pernambuco. As denunciantes relataram que as abordagens ocorriam em sala de aula e que o professor “troca cargo comissionado por sexo, prática comum que todo mundo sabe”.

“Ele tem gente com cargo que não trabalha só porque transa com ele. Peço que o Ministério Público escute algumas mulheres da prefeitura para comprovar a verdade. Na sala dele tem bebida e preservativo, isso não é normal para um ambiente de trabalho. Infelizmente transei com ele porque precisava do emprego e ele me ameaçou e aconteceu dentro da sala dele. Ele é secretário da prefeita e se aproveita disso para humilhar a gente. Alguma coisa tem que ser feita”, disparou a denunciante, no processo a que o blog teve acesso. A promotora de Justiça de Camaragibe, Carla Verônica Pereira Fernandes, já determinou imediata apuração do caso.
Chama a atenção o silêncio da Prefeitura de Camaragibe. Nenhum posicionamento após 24 horas da denúncia explodir. Ainda mais porque a prefeita, Nadegi Queiroz, é mulher e médica, com especialização em tocoginecologia. Ela já foi deputada estadual, vereadora e vice-prefeita de Camaragibe, além de ter atuado na Secretaria de Saúde de São Lourenço da Mata e nas secretarias de Educação e de Cidades de Pernambuco.







