Por Ricardo Antunes — Nova polêmica em torno do palanque de Raquel Lyra (PSDB). Desta vez, o deputado federal Daniel Coelho (Cidadania) ameaçou não disputar a reeleição e desfalcar o palanque da tucana. O parlamentar, que até esteve cotado para disputar o Senado, ficou extremamente irritado com a escolha por Guilherme Coelho para completar a chapa, que ainda tem a deputada Priscila Krause (Cidadania) na vice.
Guilherme seria um dos nomes que iriam compor a chapa de federal, sendo uma boa cauda para garantir o mandato de Daniel. Calculava-se que ele teria em torno de 40 mil votos, cruciais para se atingir o quociente eleitoral. Com a ida de Guilherme para o Senado, somada à desistência anterior de Armando Monteiro (PSDB) de disputar qualquer mandato, o desespero subiu à cabeça de Daniel, que passou precisar de mais votos e temer não se reeleger.

Com um histórico de causar problemas nos partidos em que esteve filiado, como o PV e o PSDB, Daniel assumiu o comando do Cidadania (antigo PPS) na atual legislatura. De fama intragável, disputou por duas vezes a Prefeitura do Recife e foi derrotado por Geraldo Júlio (PSB) em ambas. Em 2020, brigou para ser candidato a prefeito novamente, mas não agregou nomes da oposição, que migraram para o palanque de Mendonça Filho.
Havia o acordo de apoiarem quem tivesse maior percentual nas pesquisas, mas Daniel não aceitava Mendonça e decidiu apoiar a delegada Patrícia Domingos, então no Podemos, que acabou em quarto lugar na disputa. Na prática ele foi o “inocente útil” do PSB. Agora, o rapaz causa novo tumulto na chapa de Raquel Lyra. Que coisa.







