Por Ricardo Antunes e Helenise Brant — O consórcio de veículos de imprensa, que inclui Folha, UOL, g1, O Estado de S. Paulo, O Globo e Valor, suspendeu nesta quinta-feira (11) a realização de um debate em pool com candidatos à Presidência da República.
O debate estava marcado para 14 de setembro, em São Paulo, e previa reunir os quatro primeiros colocados em pesquisa eleitoral Datafolha ou Ipec da semana anterior ao evento —e ocorreria com a confirmação de ao menos três desses quatro.
A Folha informou que o consórcio tomou a decisão de suspender o debate porque os dois primeiros colocados nas últimas pesquisas, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), não se comprometeram em participar até as 23h59 desta quarta-feira (10).
A ausência dos dois primeiro colocados nas pesquisas impede a realização do principal objetivo das campanha eleitorais e é o acesso dos eleitores às ideias e propostas dos candidatos à presidência da República. Num dia de manifestações pró-democracia em todo o Brasil, a notícia de cancelamento do debate organizado por grandes veículos de imprensa mostra que a política tem muito a evoluir.
TEMOR
Lula está usando colete à prova de balas em todo evento público de que participa, como maneira de se proteger de algum atentado. Esta não é a única medida do petista para aumentar sua proteção.

SEGURANÇA
O ex-presidente também não tem aceito comida cuja procedência não foi checada antes pela segurança.
RECADO
Jair Bolsonaro, ao comentar em sua live desta quinta-feira (11) sua participação nas sabatinas realizadas pela Rede Globo com os candidatos à Presidência da República, provocou a emissora sobre como ela vai “se comportar”.
SUSPENSE
A entrevista do candidato à reeleição no Jornal Nacional está marcada para dia 22 de agosto. “Está previsto eu estar na Globo aí, brevemente. Vamos ver como é que a Globo se comporta”, disse.

MENSAGEM
Embora não tenham sido citadas nas cartas lidas nesta quinta, os atos em defesa da Democracia do Estado de Direito mandaram um recado às Forças Armadas, avaliam organizadores.
PRESSÃO
Entre os principais objetivos da mobilização era “aumentar o custo” de uma ruptura institucional e fazer os militares pensarem duas vezes antes de embarcar em alguma aventura golpista
NO BOLSO JÁ
O Tribunal de Contas da União (TCU) desembolsou R$ 79.723,85 em passagens e diárias para que o ministro Walton Alencar Rodrigues participasse de um evento em Ukulhas, uma das ilhas paradisíacas das Maldivas.

LAZER
A 21ª Assembleia do Grupo de Trabalho em Auditoria Ambiental (WGEA, na sigla em inglês), da Organização Internacional de Instituições Superiores de Fiscalização (Intosai), ocorreu entre 4 e 6 de julho deste ano na ilha, segundo o site do próprio evento. Entretanto, o ministro do TCU ganhou oito diárias e meia pela viagem. É mole?
ABSURDO
O Ministério Público junto ao TCU acionou o Tribunal de Contas da União para barrar o pagamento de contracheques turbinados a militares ligados ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL).
FÉRIAS MILIONÁRIAS
Conforme o Estadão revelou, os benefícios chegaram a R$ 926 mil para o general Walter Braga Netto, candidato a vice na chapada de Bolsonaro, em dois meses em 2020, no auge da pandemia de covid-19. Só de férias, foram R$ 120 mil pagos ao general em um único mês.
NÃO SE LEVA A SÉRIO
A nova pesquisa do Instituto Opus conseguiu ser mais criticada daquela do “Blog que copiava”. O levantamento, divulgado há pouco, colocou Miguel Coelho em segundo lugar, sem que nada tenha acontecido com com Raquel Lyra e Anderson Ferreira. Os maldosos dizem que até o atual prefeito de Petrolina, Simão Duramdo, teria debochado da sondagem.
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