Da Redação do Blog — O Banco Central (BC) decidiu encerrar o maior ciclo de alta de juros desde a criação do regime de metas de inflação, em 1999. Esse ciclo que durou 18 meses começou com os juros no menor patamar da história, em 2% ao ano. Naquele primeiro trimestre do ano passado, o BC passou a perceber que a inflação estava subindo e o ajuste dos juros era a principal ferramenta para controlá-la.
No comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom), o BC disse que se “manterá vigilante” sobre a inflação e continuará avaliando se a estratégia de parar de subir os juros por período “suficiente prolongado” será capaz de controlar os preços. Uma retomada de altas nos juros não foi descartada.
Nesta quarta-feira, o Federal Reserve (Fed), o BC estadunidense, elevou os juros para o maior nível desde janeiro de 2008. A meta de inflação de 3,75% em 2021 estourou com o IPCA de 10,06%.

Neste ano, o BC já jogou a toalha: a meta de 3,5% também não deve ser respeitada, segundo o próprio Banco Central.
O mercado aposta que os juros começam a cair em 2023 e terminem o próximo ano em 11,25%, de acordo com o relatório Focus, que reúne as projeções de bancos e corretoras.
O mesmo documento aponta inflação em 5,01% no ano que vem, o que ficaria acima da meta de 3,25% mesmo com o teto de 4,75% e piso de 1,75%.







