Por Ricardo Antunes — Como se diz por aí, família briga mas depois se ajeita. Levou dois anos de uma guerra fria para os primos Marília Arraes e João Campos se falarem. O rapaz saiu no lucro com o acordo costurado, que já rendeu até imagem do pai, Eduardo Campos, na propaganda eleitoral da prima.
No desespero de tentar se eleger governadora após tomar uma virada retumbante nas pesquisas, Marília topou tudo. Assegurou apoio à reeleição do primo, com quem trocou farpas impublicáveis nas eleições de 2020, para prefeito do Recife. E voltou a citar seu primo Eduardo no guia, com quem havia rompido em 2014 e assim seguiu até sua morte naquele ano.
A verdade é que Marília se vê ficando sem mandato a partir de 2023. Com uma segunda derrota majoritária consecutiva batendo na porta, poucas chances ela teria na sucessão da Prefeitura do Recife. Por isso, foi forçada a firmar a aliança com o primo, que passará a se focar em Daniel Coelho ou Priscila Krause, principais nomes que podem ser lançados por Raquel Lyra caso ela conquiste o Palácio das Princesas no dia 30. Ou seja, Marília sairá da sensação à planície em pouquíssimo tempo, numa queda tão retumbante quanto a do PSB, há duas semanas.