Do Globo — Às primeiras notas do Hino Nacional antes da partida entre Brasil e Camarões, na última sexta-feira, uma imensa bandeira começou a ser estendida pela torcida brasileira atrás de um dos gols. Sobre o retângulo verde e amarelo, uma foto de Pelé com a camisa 10 do Santos e a mensagem “Pelé, fique bem logo”, em inglês, desejando saúde ao Rei do Futebol que luta contra o câncer.
Algo raro de se ver nas arquibancadas por muitos anos após a aposentadoria do tricampeão mundial — ao contrário do que os argentinos sempre fizeram com Maradona, por exemplo —, a imagem de Pelé vem se tornando mais frequente nos jogos da seleção brasileira ao longo da última década.
Esse período coincide com a atuação nos estádios do Movimento Verde Amarelo, grupo criado em 2008 e presente em Mundiais desde a África do Sul. Nos estádios do Catar, Pelé não está presente apenas na bandeira com desejo de melhoras. As fotos estão espalhadas de faixas a camisetas.
— A primeira bandeira que a gente fez foi do Pelé, o movimento deve ter umas 10 músicas em homenagem a ele. O resgate da história esportiva é um dos pilares da nossa criação. Sempre levamos a imagem do Pelé — conta o torcedor Luiz Vasco, integrante do Movimento Verde Amarelo.

A bandeira desejando melhoras ao rei foi um presente oferecido pelo Supremo Comitê da Copa à torcida brasileira, conta Vasco. Além disso, Pelé também foi homenageado com uma projeção em prédios na West Bay, a região dos arranha-céus de Doha.
“Amigos, estou no hospital fazendo minha visita mensal. É sempre bom receber mensagens positivas como essa”, agradeceu Pelé em suas redes sociais.
Países do Oriente Médio têm grande respeito pelo brasileiro. Duas passagens dele pelo Catar são lembradas. A primeira, em um amistoso do Santos contra o Al Ahli, em 1973, dois anos depois da independência do Catar, quando o futebol ainda engatinhava no país. A outra foi em 2005, quando Pelé foi a Doha para visitar a Aspire, um centro de formação de jovens atletas.







