Por Ricardo Antunes – O país está pegando fogo, mas para o STF o clima deve voltar a normalidade logo, logo. Os ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Ricardo Lewandowski e Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), vão a Lisboa palestrar sobre “Institucionalidade e Cooperação”. Organizado pelo grupo empresarial Lide, propriedade do ex-governador de São Paulo João Doria, o evento vai ocorrer entre 3 e 4 de fevereiro, no Hotel Four Seasons.
Além dos juízes do STF, comparecerão políticos, como o ex-presidente Michel Temer, que fará a abertura da cerimônia, a ministra do Planejamento de Lula, senadora Simone Tebet (MDB-MS), os prefeitos Ricardo Nunes (São Paulo) e Rafael Greca (Curitiba) e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.
Entre os empresários, foram convidados Abílio Diniz, presidente da Península Participações, Luiz Carlos Trabucco, presidente do Conselho do Bradesco, e Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho do Magazine Luiza.
É isso.
ELE DE NOVO
Gilmar Mendes mandou soltar nesta segunda-feira (16) 85 presas que cumprem pena em regime semiaberto no Distrito Federal. O objetivo é liberar espaço para as mulheres detidas após os atos de 8 de janeiro em Brasília.

QUEM PEDIU
O decano do STF atendeu a um pedido da Defensoria Pública do DF, que apontou superlotação na cadeia. As detentas liberadas passarão a usar tornozeleira eletrônica pelos próximos 90 dias; depois disso, a medida será reavaliada.
DE FOLGA
Então comandante de Operações da PMDF, Jorge Eduardo Naime pediu folga e foi dispensado na véspera das invasões dos Três Poderes. Segundo documentos obtidos pela colunista, Paulo Capelli, Naime solicitou as folgas para entre 3 e 8 de janeiro (domingo). Portanto, o último dia de dispensa policial foi justamente na ocasião dos atos antidemocráticos.
POR ACLAMAÇÃO
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, caminha para uma reeleição tranquila. Faltando duas semanas para a posse da nova legislatura, não há um nome natural ou que tenha densidade para ameaçar sua postulação. Num País que reclama da divisão do povo, a unidade de petistas e bolsonaristas não necessariamente é de se comemorar.

REAJUSTE
A cerca de 15 dias da eleição em que tentará se manter no cargo, o presidente da Câmara, Arthur Lira, reajustou o valor que os deputados têm disponível para gastos com gabinete, o que inclui a contratação de assessores. De acordo com a medida, haverá um aumento de 6% a partir do próximo mês, outro com a mesma porcentagem em fevereiro de 2024 e um de 6,13% a partir de fevereiro de 2025. Recursos são usados para parlamentares pagarem salários de auxiliares; hoje a quantia é de R$ 111.675,59.
INQUÉRITO
O ministro Benedito Gonçalves, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), decidiu incluir a minuta golpista encontrada na casa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres nos autos de uma ação que investiga a fracassada campanha de Jair Bolsonaro à reeleição. O ministro também deu um prazo de três dias para Bolsonaro se manifestar sobre o teor do documento.
CAIU
A oposição ao presidente da Fiesp, Josué Gomes da Silva, dobrou a aposta no conflito com o empresário e, na assembleia feita nesta segunda-feira na sede da entidade, conseguiu a maioria dos votos para destituí-lo do cargo. Foram 47 votos para retirá-lo do cargo, duas abstenções e um voto a favor para sua permanência. O grupo ligado a Gomes, porém, vê a votação como ilegal. Agora, deve se iniciar uma disputa jurídica.

PENTE FINO
Recém-nomeado, Marcelo Freixo articula um pente-fino em todas as contratações e nomeações da Embratur, gerenciada até pouco tempo pelo ex-ministro Gilson Machado.
AUDITORIA
A equipe de transição alega ter tido dificuldade em obter informações sobre a empresa durante o final do ano passado, e solicitou ajuda do também pernambucano Jorge Messias (AGU), para uma auditoria de revisão nos contratos. O TCU, e a CGU também foram procurados.
ARTICULAÇÃO
Único politico do primeiro escalão do governo Raquel Lyra, o secretário de Turismo, Daniel Coelho, tem se destacado pelo número de aparições. Há quem diga que ele, de fato, acumula a articulação política, a qual, de direito, é função da Casa Civil, pasta para a qual ele chegou a ser especulado ainda na montagem do secretariado.
ENCONTROS
Daniel vem recebendo prefeitos do interior, sob a justificativa de tratar de assuntos relacionados ao Carnaval. Mas na prática, ele vem desenrolando pepinos enquanto os técnicos vão “pegando no tranco”.
SUMIDOS
Ex-aliados de Raquel Lyra na oposição ao PSB, Anderson Ferreira e Miguel Coelho seguem em mergulho. Não foram prestigiados na escolha do secretariado nem se fazem próximos ao núcleo duro do governo. Ao passo em que o PT visa capitanear uma oposição que tem os socialistas divididos entre a adesão e a independência. O jogo segue embolado, e quem ganha com isso é a própria Raquel.
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