Por Patrícia Gomes
Com mais de 45 anos de profissão, o cardiologista José Maria Pereira Gomes, confirmou que foi agredido, no final de maio, pelo empresário e provedor do Hospital Português Alberto Ferreira da Costa. A confusão foi antecipada com exclusividade pelo nosso blog. O advogado do médico, Boris Trindade, deu entrada na 7ª Vara Criminal com 3 ações contra o empresário, que também é dono de uma das maiores construtoras do estado, a Rio Ave.
Boris Trindade disse que no caso “as penas variam de 1 a 3 anos de detenção e multa, com agravo de 1/3 da pena, por se tratar de pessoa idosa”.
Segundo o advogado as “acusações que recaem sobre o empresário são as de invasão de domicílio, lesão corporal grave contra pessoa idosa e injúria. ” Estamos estudando ainda uma ação uma expulsão do país, por se tratar de um brasileiro naturalizado”.
Em entrevista exclusiva ao blog, o médico José Maria Pereira Gomes explicou que a confusão teve início quando ele se recusou a mudar o consultório, que fica dentro das dependências do Hospital Português, para outra área bem menor que a atual.
Segundo Gomes, a mudança seria por conta de uma possível ampliação do setor de imagens do hospital. Atualmente, a área ocupada pelo cardiologista, e outros 4 colegas médicos, é de 110 m², e a área oferecida não seria suficiente para realizar os exames cardiológicos com eficiência.
Ainda segundo o médico José Maria Pereira Gomes, depois que houve a recusa da mudança de local, o provedor, como forma de punição, cortou o seu acesso ao estacionamento e ao refeitório do hospital. Não satisfeito, no final do mês de maio, Ferreira da Costa entrou no seu consultório e o agrediu fisicamente.
“Ele foi mal-educado e extremamente grosseiro, esfregou no meu rosto as placas de identificação da minha sala, me deu uma bofetada no rosto, me chamou de “filho da puta”, e desferiu algumas bengaladas nos meus braços e nas minhas pernas”, disse o médico José Maria.
As secretárias que testemunharam todo o episódio, contam que o médico estava sentado na recepção da clínica quando escutou o barulho de algo sendo rasgado. Neste momento, Alberto, muito exaltado, iniciou as agressões.
Uma das funcionárias conseguiu segurar a bengala para conter o agressor, e chamar o médico Rostand Paraíso, também cardiologista do Hospital, que conseguiu intervir e afastar o provedor do local.
Após o incidente, foram prestadas as queixas na delegacia do idoso. Apesar de ter sido chamado para depor, o provedor ainda não compareceu à delegacia. Procuramos a assessoria de imprensa do hospital Português para que se pronunciasse sobre o caso, mas até o fechamento dessa matéria não tivemos resposta da mesma.






