Por Ricardo Antunes — Outra distorção na Ilha de Fernando de Noronha diz respeito ao fosso que separa cada dia mais os hotéis de luxo com as de menor porte. Pousadas com muitos anos de trabalho, muitas vezes não conseguem com a administração nenhuma liberação de vaga para registrar o funcionário em carteira.
Com isso, são obrigadas a ter um “prestador de serviço “ por contrato de, no máximo, 90 dias de isenção de TPA. Pelas regra atuais, depois o prestador de serviço é obrigado a sair da ilha, para voltar novamente, o que gera, por óbvio, prejuízo considerável.
O blog apurou que existem fortes suspeitas de favorecimento aos maiores grupos. “Como alguém explica, por exemplo que o Consórcio Forte Noronha ter conseguido mais de 80 vagas para registro em carteira de trabalho?”, indaga uma fonte ouvida pela reportagem.

“E como conseguiram autorização para criarem essa favela de contêiner para alojamento dos trabalhadores que estão trazendo de fora?”, completa.
Os nativos antigos que tem terreno e não tem dinheiro para construir a própria casa nunca conseguiram autorização para trazerem um contêiner e transformar em moradia. “Somos uma legião de invisível para o poder público”, desabafa um morador que tinha o sonho de ter um pequeno estabelecimento mas não consegue.
O Consórcio Forte Noronha é a mesma empresa que ganhou a licitação para reformar e explorar o Forte da Nossa Senhora dos Remédios. O contrato foi assinado pela antiga administração no dia de 17 de fevereiro de 2022.

Estamos tentando contato com os proprietários, mas até agora não tivemos sucesso. Assim que nossas perguntas forem respondidos daremos o espaço para o chamado O Outro Lado. Também enviamos perguntas sobre o caso para a nova administradora, Thallyta Figuerôa.
A série “A Farra de Noronha” vai continuar nos próximos dias. Você pode colaborar enviando suas denúncias para o e-mail : ricardoantunes5050@gmail.com – Todas elas serão checadas e publicadas depois de rigorosa apuração. É isso.