De O Antagonista – A CPI dos Atos Antidemocráticos decidiu que ouvirá Anderson Torres, o ex-secretário de segurança pública no Distrito Federal responsável por atuar durante o dia 8 de janeiro, em uma reunião reservada, sem a presença de público ou imprensa. A decisão foi tomada em reunião nesta quinta-feira (9).
A decisão ocorre após Anderson se recusar a comparecer à reunião da CPI marcada para hoje, que seria pública e transmitida. Com a nova decisão, o depoimento será tomada em uma sessão apenas com parlamentares e servidores autorizados. O depoimento, no entanto, poderá ser liberado em momento futuro.
“Ele disse que tem muito a falar, que quer falar. E nós queremos que ele fale”, disse o deputado distrital Chico Vigilante (PT), que preside a comissão. “Por isso apresentamos o requerimento, colocando todas as condições para que ele venha, sem a exposição — porque ele tem direito de não expor a imagem dele.”
Anderson Torres, que também foi ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, está preso desde 14 de janeiro por suposta omissão, ao não impedir que manifestantes bolsonaristas invadissem e depredassem as sedes dos poderes da República.