Da Redação do Blog – De acordo com a TV Globo, uma servidora de Duque de Caxias afirmou à Polícia Federal que foi forçada a fornecer sua senha para que o banco de dados da vacinação no município fosse adulterado. Isso levará a uma investigação mais aprofundada sobre o suposto esquema de fraude no registro vacinal do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em Duque de Caxias.
Os malotes com as apreensões feitas no Rio serão levados para Brasília nesta quinta-feira (4) para análise. A PF alega que servidores da Prefeitura de Caxias inseriram dados falsos no Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo a vacinação de Bolsonaro e seus familiares. A vacinação na cidade foi marcada por desorganização e suspeitas de irregularidades na campanha, com a Justiça bloqueando R$2,5 milhões do então prefeito, Washington Reis.
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Os dados no ConecteSUS
Após a deflagração da operação e a realização de um mandado de busca e apreensão em sua casa, Jair Bolsonaro reafirmou nesta quarta-feira que nem ele nem sua filha foram vacinados contra a Covid-19. Ele negou qualquer envolvimento na adulteração dos cartões de vacinação.
No sistema da Rede Nacional de Dados em Saúde, no entanto, constam duas doses da Pfizer para cada um:
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- Jair Bolsonaro teria tomado a 1ª dose da vacina no dia 13 de agosto de 2022, no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias;
- o ex-presidente teria tomado a 2ª dose no mesmo lugar no dia 14 de outubro de 2022;
- a filha do ex-presidente, Laura, teria recebido a primeira dose no dia 24 de julho de 2022 também no Centro Municipal de Saúde de Duque de Caxias;
- já a segunda dose de Laura teria sido administrada no mesmo dia que a primeira dose de Bolsonaro, no dia 13 de agosto de 2022, no mesmo local.
O Ministério da Saúde informou que Brecha fez mais de 60 inserções de dados de vacinação em 2022. Ele foi um dos seis presos na Operação Venire, realizada nesta quarta-feira (3).









