De O Globo – O empresário Thiago Brennnand passou a ser réu em mais um processo nesta quinta-feira, desta vez por supostamente ter estuprado, de maneira reiterada, uma mulher que teria se relacionado com ele por um período de duas a três semanas entre 2015 e 2016. Com isso, Brennand passa a responde por ao menos nove ações penais.
O juiz Carlos Eduardo Oliveira de Alencar, responsável pelo caso, decidiu acolher nesta quinta a denúncia apresentada pela Promotoria de Enfrentamento à Violência Doméstica de São Paulo em 12 de abril. O magistrado ressaltou que os relatos da vítima em questão são similares a outras denúncias já apresentadas contra Brennnand.
O depoimento da mulher supostamente violentada pelo empresário foi colhido pelo Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência do Ministério Público de São Paulo após virem a público os primeiros relatos de uma série de episódios de violência contra mulheres cometidos por Brennand.

Na sentença, que reitera a prisão preventiva do empresário, o magistrado ressalta que as agressões se assemelham ao relato de outra suposta vítima, uma modelo e estudante de medicina.
“Tanto lá como cá, há notícias de que o denunciado (Brennand) se valeu de imagens sorrateiramente gravadas dos momentos íntimos que manteve comas mulheres para constrange-las e ameaça-las, não sendo devaneio presumir que outras mulheres podem estar sendo vítimas da mesma fria e cruel chantagem”, afirma o juiz Alencar na decisão.
Pelos relatos, a primeira relação sexual da vítima com Brennand teria sido consentida, mas em seguida houve “uso de força física, coação e ameaças” do empresário para forçar a vítima a transar com ele.
“A depoente era obrigada a levantar da sala e ir até o quarto para fazer sexo com ele, sem preservativo, sem que quisesse, mediante uso de força física, porque ele a segurava pelo braço”, diz um trecho do processo. A mulher teria sido “constrangida a fazer sexo com ele por diversas vezes, mediante força física, porque ele a puxava pelo braço, deixando marcas, a obrigava à penetração anal a força”, afirmou a suposta vítima, que “chegava a chorar durante os atos sexuais”.