EXCLUSIVO: Por Ricardo Antunes — Um crime envolto em mistério e muito segredo. Um sargento acusa um colega de mesma graduação de tê-la estuprado no último dia 26 de maio, dentro do alojamento de Subtenentes e Sargentos do Quartel do CPOR/R, localizado no bairro de Casa Forte, no Recife.De acordo com informações apuradas pelo Blog, nessa data aconteceu a solenidade comemorativa da “Escolha das Armas, Quadro e Serviços” na qual os alunos do referido Centro, após a conclusão do Curso Básico, escolhem qual carreira seguir.
Na festa foi liberado o consumo de bebidas alcoólicas pelos militares que não estavam de serviço. A militar, uma jovem de 28 anos, após algumas horas na confraternização, se deslocou ao alojamento feminino de graduadas, pois não se sentia bem. Foi quando percebeu que a porta fora quebrada e outro sargento, lotado naquele centro, entrou e estuprou a militar, que impossibilitada de se defender, nada pode fazer.
O fato está sendo apurado por meio de um Inquérito Policial Militar (IPM), guardado em sigilo, mas que o Blog teve acesso. Para preservar a imagem do acusado e da vítima não iremos revelar as identidades dos mesmos.
Diante das informações, o blog fez duas ligações para a assessoria do CPOR e foi informado que o atendimento seria feito apenas pelo e-mail. Logo cedo, no entanto, enviou as solicitações de respostas sobre o assunto e não teve retorno.
O blog foi informado a o impacto da notícia era tão forte que uma nota seria redigida pelo Comando Militar do Nordeste (CMNE). Essa nota, no entanto, não tinha sido enviada até as 17h.
O que é CPOR
O Centro de Preparação de Oficiais do Exército do Recife – CPOR é o estabelecimento de Ensino Militar do Exército mais antigo de Pernambuco, de formação de grau médio, da linha de ensino bélico, tendo sido criado em 1933. Inicialmente instalou-se na Rua do Hospício, ao lado do antigo QG da 7ª Região Militar. Seis anos mais tarde, transferiu-se para o Forte das Cinco Pontas, de onde, após um ano, retornou à sua sede original. Posteriormente, mudou-se para a Rua Benfica, onde hoje funciona o Museu da Abolição.
Atualmente, ocupa o “Velho Casarão de Casa Forte” para onde foi transferido em 1949, sendo destinado à formação de Oficiais Temporários das armas de Infantaria, Artilharia, Intendência, Engenharia, Comunicações, Material Bélico e Cavalaria (2010), que são incorporados ao serviço ativo por prazo determinado, após o que retornam à vida civil. São os chamados R/2.
O Centro conta com 170 alunos, e tem como comandante o Tenente-Coronel de Infantaria Antônio Marcos Santos Moraes.