Da Redação do Blog — Através de uma nota de sua assessoria, o Padre Airton reagiu as novas acusações feitas, ontem, na matéria do Fantástico, reafirmou sua inocência, lembrou do trabalho social desenvolvido na Fundação Terra e desqualificou pelo menos uma das testemunhas se dizendo “vítima de extorsão”. Como o processo corre em segredo de Justiça, a Defesa não pode revelar o nome do suposto autor.
Acusado de estupro, ele está preso desde o dia 14 desse mês e, nesse domingo (23), foi transferido por motivos de saúde, para o Hospital Português, no Recife. Seus advogados estão tentando um Habeas Corpus para que ele responsa o processo em liberdade ou em prisão domiciliar. O sacerdote tem 67 anos.
Leia a seguir na íntegra, a nota enviada ao nosso Blog
“O padre Airton Freire reitera ser inocente das acusações e foi alvo de uma tentativa de extorsão de uma das supostas vítimas, cujo nome será preservado em respeito ao sigilo judicial. A defesa do padre Airton Freire não teve acesso à totalidade dos autos de investigação e, portanto, usará de todos os esforços para garantir ao sacerdote o direito ao habeas corpus.
Negar ao religioso o direito de responder em liberdade contraria todas as previsões da legislação brasileira e até do direito internacional.
Airton Freire é um homem de 67 anos com sérias restrições de saúde. Desde que começou a ser alvo das acusações que refuta, afastou-se das funções eclesiásticas e da presidência da Fundação Terra, onde desenvolveu um trabalho social que atendeu milhares de pessoas nos últimos 40 anos. Além disso, manteve-se isolado e jamais incentivou manifestações ou atos que prejudicassem as investigações, apesar de receber o apoio voluntário de milhares de fiéis. E, por último, apresentou-se espontaneamente às autoridades quando da decretação da prisão preventiva.
Os pré-requisitos legais para mantê-lo no cárcere, portanto, não existem. Além de não atrapalhar as investigações, não houve coação de testemunhas nem há perigo de eventuais práticas criminosas que possam pôr em risco as supostas vítimas. Os relatos levados às autoridades policiais remetem a supostos episódios de quase um ano atrás ou mais antigos, não sendo recentes para justificar uma prisão.
A prisão preventiva é arbitrária e só faz sentido para criar um espetáculo midiático de condenação sumária e precipitada, com o objetivo de constranger os juízes do processo, destruindo a reputação de uma pessoa que, pela lei, deve ter garantida a presunção de inocência.”









