Da Redação – Começou tudo de novo. Com a rejeição da proposta de reajuste salarial e a retomada da greve dos trabalhadores, esta sexta-feira (11) teve início com muito transtorno para quem precisa do metrô Grande Recife. Gente sem informação, longas filas e a uma pergunta que nunca é respondida: “até quando vai acontecer isso?” “Até quando a população vai ser penalizada?”
A paralisação por tempo indeterminado foi decretada na noite de quinta (10). Os metroviários cruzaram os braços pela quarta vez em um mês. No início da semana, eles tinha acatado uma determinação do Ministério do Trabalho e suspenderam o movimento por 72 horas.
Só que agora não teve jeito. Com as 36 estações fechadas, 180 mil pessoas tiveram que se virar para ir trabalhar. E não sabem como vão voltar para casa mais tarde.
Em Camaragibe, o cenário era de muitas filas e uma guerra para pegar ônibus no terminal integrado. Passageiros disseram que não foram colocados mais coletivos para tentar suprir a demanda bem maior de pessoas.
O impasse é o seguinte. Metroviários queriam 25% de aumento e garantia de que o sistema não será privatizado. A CBTI ofereceu 3,5% e a Justiça tentou fazer a intermediação, sugerindo 7%. Vale lembrar que os motoristas de ônibus ganharam reajuste de 4% depois da greve do início do mês.