Da Redação do Blog — Nesta sexta-feira, equipes da Polícia Federal deflagraram a Operação Lucas 12:2, com o intuito de desvendar uma suposta trama envolvendo militares ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro na venda ilegal de presentes recebidos por delegações estrangeiras. A operação, que visa esclarecer as atividades de uma alegada associação criminosa, tem foco nos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.
No desenrolar da operação, quatro mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em diferentes localidades do país: dois em Brasília, um em São Paulo e outro em Niterói (RJ).
Os principais alvos dessa investigação incluem figuras proeminentes do governo anterior, como o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel do Exército Mauro Barbosa Cid, seu pai, o general do Exército Mauro César Lourena Cid, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e tenente do Exército Osmar Crivelatti, bem como o advogado Frederick Wassef, notório por ter defendido Bolsonaro e seus familiares em diversas ocasiões judiciais.
Segundo a Polícia Federal, as investigações apontam para a utilização indevida da estrutura estatal brasileira para desvio de presentes de luxo, originalmente entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado. A suspeita é que esses itens tenham sido comercializados no exterior, com os ganhos resultantes sendo convertidos em dinheiro em espécie, posteriormente incorporados ao patrimônio pessoal dos investigados. Essas transações teriam sido conduzidas de forma a ocultar a origem e a propriedade dos recursos, por meio de intermediários e sem a utilização do sistema bancário formal.
As condutas sob investigação, conforme a Polícia Federal, tipificam os delitos de peculato e lavagem de dinheiro, ambos graves crimes que, se comprovados, podem resultar em severas penalidades legais.
É importante destacar que as ações da Operação Lucas 12:2 se enquadram dentro do âmbito de um inquérito policial que investiga as atividades das denominadas “milícias digitais”. As ordens para a realização dessas diligências foram emitidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.
O nome atribuído à operação, “Lucas 12:2”, é uma clara referência ao versículo bíblico que afirma: “Não há nada escondido que não venha a ser descoberto, ou oculto que não venha a ser conhecido”.
As investigações prosseguem sob o comando da Polícia Federal e a colaboração de outras instâncias judiciárias, com o objetivo de esclarecer todos os detalhes dessa suposta trama criminosa e responsabilizar os envolvidos de acordo com a legislação vigente.
Entre os alvos estão:
• o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel do Exército Mauro Barbosa Cid;
• o pai dele, o general do Exército Mauro César Lourena Cid;
• o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e tenente do Exército Osmar Crivelatti;
• o advogado Frederick Wassef, que já defendeu Bolsonaro e familiares em diversos processos na Justiça.