Da Redação do Blog — A mais recente pesquisa Genial-Quaest sobre a avaliação do governo Lula, divulgada hoje, trouxe dados positivos para o presidente. De acordo com os dados, 60% dos entrevistados aprovam o trabalho que o presidente está fazendo, contra 35% que desaprovam. A melhora ocorreu, sobretudo, em espaços onde o político não tinha bom desempenho, como na região Sul, onde foi derrotado na eleição do ano passado, e entre os evangélicos, grupo que havia dado forte apoio a Jair Bolsonaro. Agora, a avaliação positiva do presidente nesta parcela da população supera a avaliação negativa, informa o Globo.
O comentarista do UOL, Josias de Souza, também concorda: ” Regiões do país e nichos do eleitorado que votaram majoritariamente em Bolsonaro no ano passado começaram a sorrir ou deixaram de fazer careta para Lula, que começa a invadir cidadelas do adversário -um rival inelegível e rodeado de inquéritos criminais. O pano de fundo para essa mudança de cenário é econômico e social. Ao restaurar programas como valorização do salário mínimo, Bolsa Família, Minha Casa e Mais Médicos, Lula reteve o eleitorado que votou nele. Ao desenrolar o plano que tira nomes sujos do SPC, avançou sobre uma classe média baixa e superendividada. Ao articular no Congresso a aprovação de reformas econômicas que sinalizam compromisso com o equilíbrio fiscal, refreando a inflação e os juros, Lula pegou pelo bolso brasileiros de diferentes estratos e tendências”, escreveu.
Os números mostram a progressiva aprovação de Lula entre as classes média e alta. Segundo a Genial-Quaest, 49% dos brasileiros com renda superior a cinco salários mínimos aprovam a forma como o presidente está trabalhando, contra 48% que reprovam — em junho, a reprovação era de 49%, enquanto a aprovação de 46%. Contudo, essa parcela da população ainda é reticente quando o assunto é a atuação do governo como um todo: neste caso, 36% a veem como negativa, 34% como positiva e 28% como regular.
A aversão de evangélicos a Lula não sumiu. Mas a curva se inverteu. Hoje, a quantidade de evangélicos que aprovam o antagonista de Bolsonaro (50%) é maior do que o contingente que o desaprova (46%). A aprovação de Lula no Nordeste continua nas nuvens (72%). Mas melhorou nas outras regiões. No Sul, pedaço bolsonarista do mapa brasileiro, Lula obteve mais de 50% de menções positivas.
Em mais um sinal positivo para o governo, 59% dos entrevistados acreditam que a economia vai melhorar nos próximos 12 meses — um ponto de destaque é essa avaliação entre os eleitores que votaram em Jair Bolsonaro em outubro do ano passado: para 40% deles, a economia vai piorar nos próximos meses, enquanto 35% acreditam em melhoras das condições econômicas. Em junho, eram 48% de eleitores do ex-presidente que apostavam em uma piora do cenário nacional.