Da Redação do Blog – A Procuradoria Geral da República (PGR) expressou a importância de uma investigação pela Polícia Federal (PF) sobre as doações de aproximadamente R$ 17,2 milhões recebidas via Pix pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A declaração foi feita em resposta a uma solicitação de investigação dos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP), Fabiano Contarato (PT-ES) e Jorge Kajuru (PSB-GO), e da deputada federal Jandira Feghali (PC do B-RJ).
No requerimento, os parlamentares afirmaram que as doações recebidas por Bolsonaro estavam diretamente ligadas ao seu cargo anterior e que o Pix foi uma ferramenta essencial para o financiamento de atividades que prejudicam a ordem democrática, sendo que a maioria dos doadores está sob investigação por atos contra a democracia.

Consequentemente, solicitaram uma investigação minuciosa das transações bancárias para revelar e desmantelar ações semelhantes. O subprocurador-geral da República, Carlos Frederico Santos, ressaltou a necessidade de verificar se os doadores estão relacionados à ação sobre milícias digitais na qual Bolsonaro está sendo investigado.
Por outro lado, Santos apontou a falta de legitimidade processual dos parlamentares peticionantes, mencionando o uso do Supremo Tribunal Federal (STF) como um atalho para objetivos midiáticos, quando, na verdade, deveriam seguir o procedimento constitucional ao informar o Ministério Público sobre os fatos para iniciar investigações preliminares.
Entenda-se que em junho, aliados de Bolsonaro iniciaram uma campanha de arrecadação de fundos via Pix para custear suas despesas judiciais, resultando em um total de doações de R$ 17,2 milhões nos primeiros seis meses, o que ultrapassou em 17 vezes o montante necessário.