Da Redação do Blog – Os integrantes do Palácio do Planalto estão satisfeitos com o resultado do primeiro turno das eleições na Argentina. Eles consideram positivo que o candidato governista, Sergio Massa, tenha superado o ultraliberal Javier Milei nas urnas. Nas redes sociais, ministros de Lula comemoraram a liderança de Massa, mas nos bastidores, há cautela em relação a Milei, pois temem uma possível virada do candidato.
Acredita-se que o peronismo ainda demonstra força, com Massa obtendo 36,4% dos votos válidos contra 30,1% de Milei. Além disso, destaca-se que Milei teve um crescimento pouco expressivo desde as prévias até o primeiro turno, enquanto Massa dobrou o número de votos nominais.

Os votos de Patricia Bullrich e Juan Schiaretti serão essenciais no segundo turno, mas os governistas minimizam a capacidade de transferência de votos de Bullrich, considerando que ela saiu enfraquecida das urnas.
Alguns ministros parabenizaram Massa nas redes sociais, demonstrando apoio ao candidato governista. No entanto, outros preferiram não emitir opiniões sobre o resultado, mas destacaram a importância da integração regional e do Mercosul para o Brasil.
Há uma avaliação entre os integrantes do governo e palacianos de que uma eventual vitória do candidato ultraliberal seria negativa para a política externa de Lula, que busca um maior alinhamento entre os países da região.
No entanto, do ponto de vista econômico, acredita-se que o discurso de Milei possui mais retórica eleitoral do que efetivas mudanças nas relações comerciais. Mesmo que Milei tenha afirmado que não faria negócios com o Brasil, a leitura é de que os laços comerciais entre os dois países são sólidos e não seriam rompidos.
Um exemplo citado é o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que teve uma postura dura em relação à Argentina, mas os dois países continuaram sendo relevantes um para o outro, especialmente no setor automotivo e de montadoras.
Portanto, acredita-se que Milei poderia ameaçar uma melhora na relação bilateral, mas não representaria necessariamente uma regressão completa.
A eleição na Argentina registrou uma participação relativamente baixa, mas ainda assim, mais de 35 milhões de eleitores escolheram Sergio Massa e Javier Milei para disputarem o segundo turno, marcado para 19 de novembro.









